Warung Day Festival 2019 sintetizou o melhor da música eletrônica mundial em Curitiba
Chega à 6ª edição de um evento de música eletrônica, para um evento como Warung Day Festival, significa a consolidação de uma trajetória de mais de 20 anos. Realizado no último sábado (13), na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, o encontro para fãs da música eletrônica mundial sintetizou em 13 horas de música ao vivo o que é sucessos nas pistas mundiais, o melhor do underground e, acima de tudo, o sentimento único do Templo de Itajaí: 13 mil pessoas – 4 mil estrangeiros, vale ressaltar – acompanharam em três palcos simultâneos a experiência do “Melhor Dia do Ano”.
Receber tanta gente não é fácil. Complexo e de alta magnitude, o WDF exigiu uma mão de obra massiva: 600 pessoas trabalharam – direta ou indiretamente – na organização. “Tudo no festival é relacionado à experiência: transportar a sensação do Templo de Itajaí para a Pedreira – somada, é claro, à vibe imersiva do WDF – foi a prioridade”, conta Patrik Cornelsen, diretor de produção e sócio do evento.
“A música eletrônica é um gênero com diversas ramificações e os palcos simultâneos foram uma forma de ampliar nossa curadoria. O público conseguiu curtir diversos gêneros, ao vivo, em um só lugar”, disse Gustavo Conti, sócio-fundador do Warung Beach Club e um dos idealizadores do WDF. “Com esse evento bem-sucedido, já começamos a pensar na 7ª edição, que planejamos para abril de 2020 com muitas novidades”.
Essa é uma verdade incontestável sobre o WDF: artistas nacionais e internacionais dividiram o mesmo lugar em uma interação raramente vista em qualquer festival do país. “Observar as pessoas chegando, tão logo abriram os portões, e a pista se formar logo cedo significou muito”, contou Eli Iwasa, uma das residentes do Warung Beach Club e parte do line up do Pedreira Stage na abertura dos portões, às 13h. “Eu ainda sinto aquele frio na barriga antes das minhas gigs. No dia em que não sentir mais isso, vai ser a hora de parar”.
Mais do que abranger o escopo da música presente no espaço, os diferentes palcos também serviram para filtrar o público em diferentes locais da Pedreira. “Mais do que gostar de vir ao Brasil, também sou muito eclético e ouço o que vem daqui”, disse Lee Foss, um dos artistas internacionais que veio ao WDF para apresentação conjunta com Anabel Englund. “Ver tanta gente reunida em um lugar tão lindo como esse foi emocionante e uma experiência única, dentro dessa área natural”, elogiou Anabel.
Os “gringos”, inclusive, vieram de diversas partes para prestigiar o festival. Segundo a organização, a maior parte das 4 mil pessoas de fora vieram de Argentina, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai, Miami (EUA) e alguns países da Europa. A grande concentração de público ocorreu no fim da tarde, quando a Pedreira atingiu a lotação máxima e os ritmos tocados nos palcos puxaram mais para o underground e festas noturnas com influência das pistas de Ibiza e palcos consagrados mundo afora.
A grandiosidade do evento chamou a atenção de quem chegava, logo nas primeiras horas da tarde. Pelos palcos Warung Stage, Pedreira Stage e Garden Stage, passaram alguns dos principais nomes do gênero na atualidade: Joris Voorn, DJ Koze, Pig & Dan, Rødhåd, Lee Foss & Anabel Englund, Oliver Koletzki, ANNA, Gerd Janson, Renato Ratier, Gabe, Gui Boratto, Albuquerque, Eli Iwasa, Conti & Leozinho, Gui Scott & Caio T, Phil Mill & Barbara Boeing, e Edu Schwartz & Danee.
“Temos segurança em dizer que o público presente desfrutou de tudo que foi prometido pela organização: a infraestrutura funcionou de forma impecável, sem nenhum problema à tarde ou à noite. E é justamente sobre isso que se trata o WDF: manter a expectativa do público alta, porque quem vem ao festival sabe que, realmente, queremos fazer dele o ‘Melhor Dia do Ano’”, afirma Luis Gustavo Zagonel, sócio-diretor do WDF.
O Warung Day Festival é realizado pelo Warung Beach Club, Planeta Brasil Entretenimento e T2 Eventos, com patrocínio da Itaipava Go Draft, Red Bull, Bombay Sapphire, Grey Goose, Grand Hotel Rayon e ParkShoppinBarigüi.
Sobre o autor
Vitória Zane
Editora-chefe da Play BPM. Jornalista curiosa que ama escrever, conhecer histórias, descobrir festivais e ouvir música eletrônica <3