Tempo das cavernas? Que nada! A cena eletrônica do Acre está crescendo – e muito!
Para a música não existem fronteiras. Essa frase se mostra ainda mais verdade na análise temporal do cenário eletrônico mundial. Bem, se observarmos a evolução dos festivais e o sucesso que eles se tornaram hoje, podemos ter a certeza de que com o passar do tempo, a música se expandirá para todas as culturas, regiões e nacionalidades. Exemplo disso são as franquias do Ultra Music Festival que já estão em dezenas de países como Coréia, Peru, Tailândia, Singapura e Africa do Sul. Temos também o Tomorrowland, que além da sua versão brasileira, tem planos em se expandir para a Índia, país que conta com diversas raças e centenas de religiões inseridas num território de dimensões continentais.
No Brasil, o sucesso da música eletrônica nunca foi tão grande. Com três artistas no Top 100 do ranking de DJs mais cobiçado do mundo, a eletrônica toca em todos os lugares. No nordeste, terra dos diversos ritmos, sobretudo o forró, há um dos maiores e bem planejados festivais da região, o King Festival, que já recebeu artistas como Martin Garrix, Hardwell e Alok. Sem falar que no carnaval, a mesma região já recebeu os principais DJs da cena nacional e internacional.
Nos estados do norte, a música eletrônica ainda não é tão valorizada como no resto do país. Entretanto, isso está mudando, principalmente, no Acre. Um projeto, que iniciou recentemente, tem mudado os rumos da cena da região. Tudo começou em janeiro de 2016, quando três amigos, em uma conversa na mesa de um bar, discutiam sobre onde passariam o carnaval, já que as opções da cidade sempre eram as mesmas e nenhuma delas contava com algo relacionado à música eletrônica. Conversa vai, conversa vem, decidiram que eles mesmos iriam criar um evento eletrônico para o carnaval da cidade.
O plano foi de criar uma festa pequena, onde eles pudessem reunir os amigos, pessoas próximas e reservar uma pequena quantia de ingressos para alguns interessados, mas que não superasse um total de 300 pessoas. Todavia, uma coisa com a qual eles não contavam foi a alta procura pela festa, muitos ingressos estavam sendo vendidos com antecedência e cada vez mais eram solicitados. Fato que fez com os próprios organizadores se empolgassem e tivessem que refazer todo o evento, já que o planejado era ser algo mais simples.
Diante disso, mudaram o local para um maior, aumentaram o número de atrações, reformularam toda a estrutura e segurança e, assim, deram o nome ao evento de Electric Summer Carnival – ESC. No dia da festa estavam presentes cerca de 1000 pessoas, com número de ingressos esgotados.
Os nomes dos envolvidos na criação do projeto ESC são Andreas Santiago, Kleir Carvalho e Wanderson Vítor. Eles foram fundamentais no crescimento da cena eletrônica no estado do Acre. Para se ter ideia, depois do sucesso da festa, muitas casas de shows da cidade – e até do estado – abriram as portas para o gênero, que antes era visto com preconceito.
Além do mais, a história não para por aí. Nesse ano, na segunda edição do Electric Summer Carnival, o público dobrou e a estrutura também foi reforçada. Contaram com super telões, iluminação, LEDs, lasers, camarotes, show pirotécnico e um mega time de patrocinadores, que fizeram da edição de 2017 inesquecível. Vale ressaltar que os planos para o próximo ano são gigantes. Os organizadores almejam tornar o ESC referência de carnaval eletrônico não só do Norte, mas também do Brasil todo.
Assista ao vídeo promocional do ESC: