A terceira edição do ADE in Conversation ocorre nesta quinta (17), às 17h CET (no Brasil, meio-dia), falando sobre sustentabilidade nos negócios da indústria da música com Jasper Goossen, da DGTL Amsterdã, e com BLOND:ISH sobre a iniciativa Bye Bye Plastic. Ambos mostrarão suas visões sobre as atividades musicais e culturais enquanto o mundo lentamente retorna à normalidade.
Jasper Goossen é sócio-fundador da Apenkooi Events, que já organizou grandes festivais como Amsterdam Open Air, Straf_Werk, Pleinvrees e o renomado festival DGTL, o qual estimula a indústria de eventos musicais a prestar atenção à sustentabilidade e instiga seus participantes a seguirem os passos sustentáveis do festival. Já a DJ e produtora BLOND:ISH fundou a iniciativa Bye Bye Plastic para unificar, capacitar e ativar a comunidade para práticas sem plástico, com um cultura da música eletrônica sustentável, por meio do movimento #plasticfreeparty com conteúdo educacional, o projeto Eco-Rider e o projeto de limpeza global Clean the Beat.
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Segundo ADE in Conversation
Há pouco mais de um mês, a segunda edição do evento online trouxe reflexões sobre a indústria, os festivais pós-pandemia e a saúde mental de artistas.
James Blake comentou que é difícil para muitos artistas lidarem com o dinheiro, o que deveria ser uma liberação emocional, mas se tornou uma pressão da indústria. "Temos que lidar com muita insensibilidade em relação ao quanto podemos trabalhar. Combinando isso com a vida em turnê, obviamente existem muitas armadilhas mentais que podem se abater sobre as pessoas." Ele também falou sobre a abordagem capitalista da música: "Esta indústria é construída nas costas de artistas que glamourizamos, muitos deles lutaram contra a saúde mental, e muitos que morreram foram de alguma forma glamourizados - e aqueles que provavelmente não foram embora."
A especialista em saúde mental Jennie Morton comenta que muito se fala sobre a prática da atenção plena e da meditação, mas que ainda são práticas. "Você tem que pegar as habilidades que aprendemos em nossa prática e traduzi-las para o ambiente de alto estresse em que trabalhamos, caso contrário, não está realmente mudando o que acontece no momento."
Luis Justo, CEO do Rock in Rio, credita que haverá uma mescla do aprendizado digital com a era de ouro da experiência física. Ele conta: "Todos esses eventos que costumavam ser totalmente offline agora sabem como gerenciar online e criar experiências melhores. Fazendo parte de um ambiente social real com uma mudança real de energia, entraremos realmente em uma era de ouro."
Por sua vez, Arlen Dilsizian (Nyege Nyege), explica que em 2020 coletivos underground em toda a África foram alcançados, o que seria impossível em um festival físico, o que moldou a forma como pensam sobre isso no futuro.