Um período de incerteza e ansiedade sem precedentes chegou ao fim na China, e, passado os maus momentos, os chineses tentam retornar a vida normal na maior parte do país após a pandemia do coronavírus. Durante o mês passado, várias províncias flexibilizaram as restrições da população em meio a quedas acentuadas no número de infecções transmitidas localmente. Após a cena eletrônica em cidades como Chengdu, Xangai e Shenzhen ficarem completamente “pausadas”, a China está finalmente passando pelo momento que todos os “ravers” e festeiros de todo mundo estão aguardando ansiosamente: as primeiras festas pós-quarentena.
Uma matéria publicada pelo site Resident Advisor, feita pela jornalista Nyshka Chandran, mostrou como está a vida noturna no país originário da pandemia. Segundo ela, alguns clubes e casas de eventos que estavam fechados desde o final de janeiro reabriram recentemente ao público e trouxeram um otimismo cauteloso para a população. Porém, muitos locais foram solicitados pelas autoridades para que ainda permanecessem fechados devido à sua localização ou capacidade.
Clubes reabertos como o OIL Club, em Shenzen, têm tido um baixo fluxo de público, já que algumas pessoas ainda estão com medo de sair. Eventos que antes terminavam tarde, agora encerram mais cedo pois muitas pessoas não estão dispostas a ficarem até tarde em festas.
Alguns organizadores de eventos ainda não conseguiram recuperar os prejuízos causados pela pandemia e não estão sendo capazes de pagar o salário completo de sua equipe, entretanto, estão contando com a lealdade e fidelidade do seu público, que acreditam em um futuro próspero.
Os clubes estão tomando todas as precauções de segurança possíveis, incluindo a limpeza e desinfecção regular das pistas de dança. Antes de entrar nos espaços, as pessoas passam por verificações obrigatórias de temperatura e verificam um código QR nos seus telefones que indica o seu estado de saúde. Uma vez dentro, muitos mantêm as máscaras nos rostos.
O governo da China suspendeu formalmente a entrada da maioria dos estrangeiros para evitar uma segunda onda de infecções, o que significa que artistas internacionais não poderão se apresentar por mais um tempo no país. Entretanto, é possível tirar algo de positivo nisso: a falta de artistas estrangeiros se torna uma boa oportunidade para fortalecer a comunidade local e permitir que novos DJs cresçam e se destaquem nos horários principais dos clubes.
À medida que a vida noturna chinesa recupera lentamente a sua vibe, o mundo todo cria esperanças que as comunidades musicais ressurjam mais fortes do que nunca. Agora nos resta sermos otimistas e esperar que um futuro promissor possa estar a caminho para todos.
Sobre o autor
Caio Pamponét
Graduando em jornalismo pela UFBA e Redator da Play BPM. Um apaixonado por música desde a infância que cultiva o sonho de viajar pelo mundo fazendo o que ama e conhecendo novas culturas. Com um desejo inerente de fomentar a cena eletrônica de sua terra - Salvador, BA, Caio Pamponét respira os mais diversos BPM's e faz da música o seu combustível diário.