Desde que o ecstasy foi proibido em grande parte do mundo, a ignorância se instalou na humanidade. Não, não estamos chamando a população de burra, e sim de mal informada – o que não é culpa de ninguém, exceto dos que optaram por não difundir tais informações. Quando falamos de drogas, a mídia exerce um papel fundamental para continuarmos sem entender quase nada sobre este mundo. A única informação que te oferecem é: a droga é perigosa, a droga mata! O intuito disso é fazer com que as pessoas fiquem com medo de trilhar esse caminho. O resultado? O oposto. No final das contas, essa estratégia não faz com que as pessoas deixem de usar drogas ilícitas, apenas impede que elas tenham uma educação básica para entenderem com o que estão realmente lidando. Muitos programas e movimentos contra as drogas optaram por tentar impôr a abstinência, e com isso, temos um número absurdo de jovens e adultos que não têm a menor noção de como lidar com problemas como uma overdose de uma substância que inevitavelmente tiveram a curiosidade de experimentar.
Como diz a citação, desde que as drogas foram proibidas, substâncias desconhecidas fazem parte dela, o que infelizmente é uma realidade cada vez mais forte. Então, a fim de determinar exatamente o que são, e o efeito que estas substâncias psicoativas causam nas pessoas, Joseph J. Palamar, PhD, Mestre em Saúde Pública que trabalha em uma filial do Centro de Uso de Drogas e Pesquisa em HIV (CDUHR) e professor-assistente de Saúde da População na NYU Langone Medical Center (NYULMC), iniciou uma pesquisa que determinou que as substâncias psicoativas que as pessoas estavam tomando eram na verdade drogas sintéticas.
Antes de entender a pesquisa do Dr. Palamar, é importante sabermos quanto tempo o ecstasy permanece em nosso corpo:
Uma dose de ecstasy
Saliva – de 1 a 3 dias;Urina – 1 a 3 dias;Cabelo – durante 90 dias;Sangue – durante 12 horas;
Múltiplas doses de ecstasy
Saliva – de 1 a 5 dias;Urina – de 2 a 5 dias;Cabelo – durante 90 dias;Sangue – até 24 horas ou mais;
Voltando à pesquisa, Dr. Joseph entrevistou 679 frequentadores de clubs e festivais em 2015, com idades entre 18 e 25 anos. Aproximadamente 25% toparam doar uma amostra do cabelo para que fosse analisada a presença de drogas sintéticas e outras substâncias psicoativas. O resultado? Apenas metade das amostras continham MDMA.
Não vamos ignorar o fato de que, muitos que estão lendo essa matéria, já consumiram alguma droga ilícita. Por isso, caro leitor, certifique-se sempre de estar tomando algo realmente verdadeiro, pois como pudemos perceber, às vezes essas substâncias desconhecidas são muito mais perigosas que as conhecidas.
*Lembrando que não estamos incentivando ninguém a consumir drogas, e sim a buscar informações sobre o assunto. ;)
Sobre o autor
Rodolfo Reis
Sou movido por e para a música eletrônica. Há 7 anos, idealizei trabalhar com esta paixão, o que me levou a fundar a Play BPM. 3 anos depois, me tornei sócio da E-Music Relations. Morei na Irlanda por 2 anos, onde aprendi a conviver e respeitar ainda mais outras culturas. Já tiquei 28 países do globo, mas ainda sonho em ser nômade. Apelidado carinhosamente pelos amigos de "Fritolfo": quando o beat começa a tocar, eu não consigo parar de dançar.