A Organização Mundial da Saúde (OMS) recém aprovou o uso emergencial da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida no laboratório chinês Sinovac Biotech. O importante imunizante foi o sexto a receber esse tipo de liberação pela entidade sanitária e atualmente já pode passar a ser comprado e incorporado ao consórcio Covax Facility, para distribuição em escala global.
Com base em evidências disponíveis até o momento, a OMS recomendou que somente pessoas maiores de 18 anos tomem a CoronaVac por enquanto, e seguindo um espaçamento de tempo entre as aplicações das duas doses necessárias. A entidade também afirmou que esta vacina "atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação", e que "seus requisitos de armazenamento fáceis a torna muito gerenciável e particularmente adequada para cenários de poucos recursos".
"É vital fazer com que as vacinas e demais equipamentos de proteção cheguem rapidamente para aqueles que mais necessitam", complementa o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreysus. Um estudo de efetividade da Coronavac no Brasil, por exemplo, indica que a pandemia poderia ser controlada no país com 75% dos brasileiros vacinados. Inclusive, durante esta pesquisa, 95% da população adulta na cidade paulista de Serrana recebeu o imunizante. Como resultado, por lá foi constatada uma queda de 95% nas mortes, 86% nas hospitalizações e 80% nos casos sintomáticos da doença.
A OMS igualmente reforça aos países que aderiram a vacina chinesa que continuem aplicando o imunizante, sobretudo em grupos de pessoas com idade avançada, mas realizando sempre um monitoramento de segurança e eficácia. Por fim, além da Coronavac, produzida no Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, também estão sendo utilizadas no Brasil outras vacinas, como a de Oxford e a da Pfizer.
Restrições de viagem
A aprovação da CoronaVac pela OMS, entretanto, não garante a liberação da entrada de brasileiros em outros países. Para conter a disseminação de cepas de Covid-19, muitas nações impuseram restrições ou fecharam suas fronteiras para estrangeiros.
A Comissão Europeia, por exemplo, recentemente reabriu o bloco para entrada de viajantes que receberam doses de vacinas aprovadas pela União Europeia. Sendo assim, até o momento, está autorizada a entrada de pessoas vacinadas com doses da Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Janssen.
Desta forma, brasileiros imunizados com a CoronaVac não fazem parte do grupo autorizado a entrar na UE. Entretanto, a Agência Regulatória Europeia (EMA) iniciou em maio a avaliação da aprovação da CoronaVac, mas ainda não há um prazo para conclusão do processo.
Atualmente, no caso dos viajantes brasileiros, somente 3 países têm restrições leves de acesso. Outros 97 com restrições moderadas e 57 com restrições fortes.
Fonte: CNN.
Sobre o autor
Douglas Anizio
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