Muitos acreditam que festivais de música eletrônica são coisas para jovens. Por muitos acharem isso, homens e mulheres com mais de 50 anos acabam se sentindo deslocados, ou até mesmo com medo de participarem deste mundo. Antes do Tomorrowland Brasil, publicamos a história da Edna, uma mãe que estava prestes a ir pela primeira vez no maior festival do Brasil, ao lado de sua filha, Leticia. A matéria teve um resultado muito positivo; diversos leitores compartilharam conosco fotos e momentos em que seus pais o acompanharam em eventos de música eletrônica. Foi assim que chegamos ao Tio Roni, um simpático homem que em 2016 tinha quase 60 anos e estava prestes a ir ao Tomorrowland Brasil com membros de sua família. É lógico que amamos isso e posteriormente pedimos a ele que nos escrevesse um texto contando essa experiência. O relato é emocionante e passa também uma mensagem que todos deveriam levar como filosofia de vida:
“Há alguns anos, procurando eventos de música eletrônica, descobri o ”aftermovie do Tomorrowland”, que por muito tempo se manteve como um de meus sonhos. Eu sonhava em um dia viver essa experiência. Meus filhos e sobrinhos cresceram ouvindo e passaram a curtir o que gosto, a música eletronica, algo que é incrível pra mim. Aí chegou o Tomorrowland Brasil 2016! Eu jamais imaginaria estar num evento tão grandioso e organizado como esse.”
“Até então, só conhecia por transmissão; um lugar mágico que une todas as nacionalidades, onde o respeito ao próximo prevalece, porque a música – além de outros fatores, como a alegria, a paz, a confraternização, e a felicidade – une as pessoas. Eu, que farei 59 anos no dia 07/05, com ”cabelos brancos”, ganhei um dos mais belos momentos da minha vida.”
“E digo aos senhores pais: as experiencias estão aí para serem vividas. A cor de nossos cabelos nunca deve ser vista como um empecilho para a felicidade. Por isso, vivam as boas experiências com seus filhos, seus sobrinhos, sua família, ou amigos! Eu estava com os meus; ainda há tempo! Só tenho que agradecer ao lugar, ao evento, e a todos, porque fui muito bem acolhido. Obrigado Tomorrowland, in my head, in my mind, in my heart forever. Até 2017!”
Att.Tio Roni
Sobre o autor
Rodolfo Reis
Sou movido por e para a música eletrônica. Há 7 anos, idealizei trabalhar com esta paixão, o que me levou a fundar a Play BPM. 3 anos depois, me tornei sócio da E-Music Relations. Morei na Irlanda por 2 anos, onde aprendi a conviver e respeitar ainda mais outras culturas. Já tiquei 28 países do globo, mas ainda sonho em ser nômade. Apelidado carinhosamente pelos amigos de "Fritolfo": quando o beat começa a tocar, eu não consigo parar de dançar.