A indústria da música eletrônica está mudando de maneira muito rápida e dinâmica. Nesse 1º de fevereiro, a SFX apresentou oficialmente sua declaração de falência. Embora esse anúncio inicial não aponte para nenhum cancelamento de futuros eventos na agenda das corporações, que inclui festas gigantescas como o Tomorrowland e Electric Zoo, algumas fontes vêm dizendo o contrário.
Debby Wilmsen, uma porta-voz da Tomorrowland, declarou que o TomorrowWorld pode não retornar este ano para Chattahoochee Hills. “À luz da atual situação, não existem planos concretos feitos para o TomorrowWorld 2016,” disse ela.
Wilmsen continua a descrever o relacionamento conturbado entre o TomorrowWorld e a SFX: “Desde 2013, temos colaborado com a SFX para as edições estrangeiras de Tomorrowland realizadas nos EUA e no Brasil. No entanto, temos percebido que a nossa visão e objetivos, incluindo uma estratégia de longo prazo, são diferentes daqueles da empresa de capital aberto.”
Nessa etapa do pedido de falência, existe uma reorganização para ajudar a limpar os U$ 300 milhões em dívidas acumuladas que a SFX possui em seu balanço. Na verdade, esse arquivamento foi feito em coordenação com um grupo de detentores de bônus da SFX que serão afetados – e por isso, a situação não é tão hostil quanto muita gente pode estar imaginando. Não é uma liquidação, que veria a empresa sumir ao vento, deixando de existir. Muitas pessoas supõem que a falência seja a liquidação da empresa – mas a verdade é que a falência existe e é projetada para ajudá-las a evitar a liquidação de fato. A SFX não apenas irá emergir nova outra vez, como também deve continuar todas as suas operações durante este processo por meio de U$ 115 milhões em financiamento. Além disso, as subsidiárias internacionais da SFX, como a ID&T, não estão incluídas neste arquivamento (Tomorrowland Bélgica e Brasil).
Finalmente, Wilmsen fornece a garantia de que o Tomorrowland Bélgica e o Tomorrowland BrasilNÃO SERÃO AFETADOS de forma alguma. “O procedimento de pedido de falência pela SFX não terá consequências para o Tomorrowland em Boom e nem em Itu,” diz ela. “O festival na Bélgica é criado, organizado, e gerido 100% pela equipe belga. O Tomorrowland Brasil também acontecerá como previsto em dois meses, em Itu (São Paulo). O Tomorrowland Brasil está sendo organizado por uma equipe brasileira muito motivada e competente, em estreita consulta e parceria com a equipe belga, e eles certamente são capazes de trabalhar independentemente da situação da SFX na América do Norte.”
Portanto, caros leitores e fãs de festivais, o Tomorrowland Bélgica e o Tomorrowland Brasil não sofrem qualquer perigo com esse problema da SFX. O problema fica somente para o TomorrowWorld, que além desses problemas financeiros, está com a reputação manchada devidos aos enormes contratempos causados pelo excesso de chuva na sua última edição, em 2015. Enquanto isso, nós aguardamos as cenas dos próximos capítulos, pra ver se Atlanta terá ou não o reino de Melodia em 2016!