MEDUZA e James Hype lançam campanha para diminuir o uso de celulares nas pistas de dança
- Conteúdo autoral / por Caio Pamponét Lucas -
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Dois dos nomes mais ascendentes da cena eletrônica atual se uniram para irem contra o excesso do uso de celulares nos shows.
MEDUZA e James Hype deram início a um novo movimento com o intuito de “preservar a autenticidade” da cultura clubber e das experiências de música ao vivo – algo como um “grito” para salvar a essência da Dance Music.
O coletivo ‘Our House’, nome dado à iniciativa, reflete e expressa sobre a falta cada vez mais iminente da diversão e vivência de momento nos shows da atualidade, já que as multidões geralmente estão priorizando os registros fotográficos em vez de realmente se conectarem com a pista de dança e com as pessoas ao redor.
"Músicos e artistas muitas vezes acham desanimador ver o público através das lentes de uma câmera e não através de seus olhos. Isso pode interromper a conexão íntima entre o artista e o público, o que torna a house music tão poderosa como gênero musical"
Disseram MEDUZA e Hype em um comunicado à imprensaOutra grande preocupação da Our House é proteger a privacidade individual e manter espaços seguros. Segundo eles, a filmagem em excesso pode comprometer essas atmosferas, levando a um espaço menos inclusivo onde as pessoas são gravadas sem consentimento.
Ambos os DJs têm planos de defender essa causa através de campanhas para conscientizar a comunidade de música eletrônica, além de instituir uma nova política nos eventos. Um exemplo disso foram seus shows no ADE deste ano, onde incentivaram o público a usar os celulares de forma mais responsável para "retornar aos princípios fundamentais da música ao vivo e da cultura clubber".
"Incentivamos você a se soltar e curtir a house music com seus ouvidos e olhos, e não ao final de um conteúdo filmado em um celular"
AcrescentaramDepois de estrear esse modelo de show em 20 de outubro, o Our House seguirá promovendo o movimento em Chicago, nos Estados Unidos, entre os dias 30 e 31 de dezembro.
Diante de um uso cada vez mais desregrado de celulares na sociedade em geral, vamos aguardar para descobrir se esse movimento irá conseguir recuperar a real essência das pistas de música eletrônica pelo mundo.
Imagem de capa: Reprodução.
Sobre o autor
Caio Pamponét
Graduando em jornalismo pela UFBA e Redator da Play BPM. Um apaixonado por música desde a infância que cultiva o sonho de viajar pelo mundo fazendo o que ama e conhecendo novas culturas. Com um desejo inerente de fomentar a cena eletrônica de sua terra - Salvador, BA, Caio Pamponét respira os mais diversos BPM's e faz da música o seu combustível diário.