Recentemente, um estudo envolvendo MDMA identificou que o uso manipulado da droga ajuda na melhora em empatia, conexão entre duas pessoas mais próximas e que se relacionam. Essa nova pesquisa revela que a substância psicotrópica pode ser útil até para ajudar os casais em seus problemas conjugais. O ensaio clínico foi realizado no Canadá durante sete semanas.

A seguir estão os parâmetros do estudo: Casais ingeriram MDMA duas vezes durante uma terapia conjunta cognitiva-comportamental (CBCT), sendo que ambos os membros consumiram 75mg ou 100mg, livres para solicitarem a dose extra. A professora Candice Monson, da Ryerson University, afirmou que “a literatura base deste estudo sugere que o ecstasy pode colaborar para as pessoas falarem sobre experiências dolorosas sem sentir aquele sofrimento novamente”.

Continuando o teste, os terapeutas orientam cada casal a falar sobre coisas difíceis que eles próprios experimentaram juntos. Esta psicoterapia acompanhada pelo MDMA visa sobretudo lembrar o por que aqueles indivíduos se uniram e não apenas priorizar um desejo de busca pela cordialidade. Resumindo, os objetivos são refletir e resolver questões emocionais reprimidas.

Dr. Ben Sessa, psiquiatra pelo Imperial College London, afirma que a resposta esperada vem de uma parte do cérebro influenciada pelo ecstasy, permitindo assim aos pacientes lidar com os traumas e outras questões psicológicas mais abertamente. “Ele tem essa tremenda capacidade de criar um forte senso empático e, no contexto dos casais, ver o ponto de vista da outra pessoa é extremamente valioso”, explica Ben Sessa sobre o psicotrópico.

Mesmo que a posse da droga hoje seja majoritariamente ilegal, resultando em prisão, o uso medicinal do MDMA se mostra futuramente benéfico. O estudo apresentado aqui foi publicado no European Journal of Psychotraumatology e, como próximo passo, os pesquisadores confirmam querer comprovar a precisão dos resultados com pesquisas mais controladas.

Enfim, a terapia de casal com o incremento do ecstasy pode sim fazer uma grande diferença para relacionamentos insatisfatórios, porém, em último recurso. Tomar substâncias agressivas como essa podem gerar efeitos colaterais adversos, claro, variando de pessoa para pessoa. Manipular com cuidado e não usar as drogas como uma desculpa é o recomendável.