“Carregada de memórias e significados pessoais”, revela Leandro da Silva sobre “Ai Que Saudade D’Ôce”, seu último lançamento
Com uma trajetória que mistura raízes brasileiras e influências internacionais, o DJ e produtor ítalo-brasileiro Leandro da Silva lançou o seu remix da icônica “Ai Que Saudade D’Ôce”, pela Leonidas Records. Habilidoso em transformar clássicos em novas experiências sonoras, Leandro trouxe para esta versão o ritmo e a melodia nordestina, mesclando tech house e toques da atmosfera de Ibiza.
A releitura do DJ para o clássico de Vital Farias, eternizada por grandes intérpretes brasileiros como Elba Ramalho, Fábio Jr., Fagner e Zeca Baleiro, reflete uma conexão pessoal do artista com o tema da saudade, já que, ao deixar o Brasil aos dez anos para viver na Itália, Leandro cresceu imerso nessa emoção. A versão do produtor também inclui sons da natureza, como o mar e o vento, e gravações de sua infância, trazendo uma intensidade emocional que resgata suas raízes e memórias afetivas.
A faixa conquistou posições expressivas no Beatport, como o Top #7 no “Hype Tech House Top 100” e o Top #33 no “Tech House Top 100” geral, e foi destacada entre as melhores novidades de outubro, no ranking "Best New Hype Tech House: October 2024".
Convidamos Leandro para um papo sobre o lançamento, carreira e próximas novidades. Confira a seguir.
Leandro, "Ai Que Saudade D’Ôce" é um remix carregado de emoções e referências pessoais. Como foi o processo de produção para combinar essa nostalgia com a energia do tech house?
Ai Que Saudade D’Ôce" é uma faixa realmente especial para mim, carregada de memórias e significados pessoais. A música original sempre foi um clássico do meu pai, uma homenagem que ele costumava me fazer, e hoje, sem ele, essa 'saudade' só ficou mais forte. Quis manter a essência dessa nostalgia e dar um toque moderno, transformando-a em uma versão que tivesse uma energia própria para as pistas de dança.
No processo de produção, o desafio foi justamente equilibrar essa carga emocional com a batida envolvente do tech house. Eu trabalhei bastante nos elementos de percussão e bassline para garantir que a faixa mantivesse uma vibe contagiante, mas sem perder a melodia nostálgica. Usei sons orgânicos, como leves toques de guitarra, e mesclei com sintetizadores para criar essa conexão entre o tradicional e o eletrônico, criando uma experiência que fosse tanto dançante quanto emocionante.
Seu remix já alcançou posições incríveis nos charts do Beatport. Como você vê essa recepção tão positiva, e o que significa ver essa faixa, com um valor tão pessoal, ser tão bem aceita?
Ver "Ai Que Saudade D’Ôce" alcançar posições altas nos charts do Beatport é uma realização enorme e uma verdadeira emoção. Esse remix carrega muito da minha história e das memórias do meu pai, então vê-lo ressoar com o público de uma maneira tão significativa é indescritível. Cada posição alcançada me lembra de que a música tem o poder de transcender culturas e emoções, conectando as pessoas através da energia do tech house, mas também através de algo muito pessoal.
Essa recepção positiva confirma que o público está aberto a faixas com histórias e sentimentos profundos, mesmo em um estilo tão focado na pista de dança. É um incentivo para continuar mesclando o que me emociona com o que move a galera, mantendo a autenticidade e a conexão com minhas raízes.
Você trouxe elementos sonoros da natureza e gravações de sua infância para enriquecer o remix. Quais foram as decisões criativas por trás desses detalhes, e como acha que eles impactam a experiência de quem escuta?
Trazer elementos sonoros da natureza e gravações pessoais para o remix foi uma forma de conectar a faixa com a minha própria história e com as memórias mais queridas. Para mim, esses detalhes são como fragmentos de uma narrativa emocional; eles carregam a essência do Brasil e lembranças da minha infância. Esses sons naturais, junto com pequenas gravações pessoais, servem para criar uma atmosfera que seja familiar e nostálgica, algo que o público possa sentir, não só ouvir.
O impacto, eu acredito, é poderoso. Estes sons ajudam a transportar o ouvinte para um espaço mais íntimo e reflexivo dentro da faixa, criando um contraste entre a energia vibrante do tech house e a profundidade emocional da nostalgia. Minha esperança é que as pessoas sintam essa conexão e se deixem levar pela mistura de sentimentos, tornando a experiência de escutar o remix mais rica e memorável.
Com tantas colaborações e remixes para grandes artistas ao longo da sua carreira, como Demi Lovato, Sia e David Guetta, quais foram os momentos mais marcantes para você até aqui, e o que podemos esperar de novos projetos?
Cada colaboração trouxe algo especial, mas alguns dos momentos mais marcantes foram quando consegui dar meu toque pessoal em músicas que já eram tão queridas pelo público. Trabalhar com esses grandes nomes me ensinou muito sobre como levar uma faixa a outro nível, respeitando o estilo original, mas adicionando a energia e o groove que são a minha marca registrada.
Para o futuro, estou sempre buscando evoluir e trazer novidades ao meu som. Podem esperar projetos com uma mistura maior de influências, inclusive com elementos das minhas raízes brasileiras e toques de house e tech house que tanto amo. Além disso, estou experimentando colaborações com artistas de gêneros diferentes, expandindo meu som para alcançar ainda mais pessoas globalmente. É uma fase empolgante, e estou animado para mostrar tudo o que vem por aí!
Sendo um artista com raízes tanto na Itália quanto no Brasil, como você vê essa fusão de influências culturais na sua música? Existe algo novo vindo por aí que também explore essas referências?
Ter raízes na Itália e no Brasil me permite trazer para minha música uma fusão única de culturas e sonoridades. No Brasil, cresci rodeado de ritmos e melodias intensas que valorizam a percussão e a expressão emocional, enquanto na Itália desenvolvi um gosto pelo estilo europeu da house e do techno. Essa mistura define meu som hoje: uma combinação de beats fortes, grooves envolventes e momentos de melodia que remetem à saudade e ao calor brasileiro.
Estou trabalhando em novos projetos que exploram ainda mais essas influências, adicionando elementos brasileiros à base eletrônica europeia, como linhas de percussão inspiradas na música popular brasileira. A ideia é transportar o público para um universo vibrante que conecta as pistas de dança europeias com a alma musical brasileira. Fiquem de olho, porque vem aí faixas que vão ampliar ainda mais essa fusão cultural!
- Via Assessoria de Imprensa/Exclusivo -
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