Em homenagem ao Dia do DJ, contamos de onde surgiu a profissão que mais amamos!
Ele é o nosso maestro. Aquele que nos acompanha do break até o drop. O responsável por pegar nas nossas mãos e nos guiar enquanto seguimos de olhos fechados embalados pela melodia que sai das caixas de som. Nós somos seu espelho. O que ele faz na controladora, nos controla. Cada grave reverbera nas batidas dos nossos corações. Ele sabe a hora exata de nos fazer pular, chorar, abraçar o amigo, fechar os olhos, agradecer e simplesmente nos deixar levar por aqueles instantes.
Estou falando do DJ, essa profissão incrível e poderosa, que tem a capacidade de fazer com que vibremos em uníssono enquanto desejamos congelar o tempo por alguns minutos.
Eles são músicos. A música tem o poder de unir, de fazer com que esqueçamos os problemas e simplesmente nos entreguemos ao momento. Não à toa que hoje, 9 de março, celebramos a existência dos magos das vibrações sonoras, celebramos a profissão de DJ, porque ela merece ser celebrada.
Então, vamos voltar um pouquinho no tempo e entender de onde surgiu a profissão do DJ. Você sabia que a sigla “DJ” é a abreviação de “disc jockey”? Que pode ser entendido por aquele que manipula o disco! Nos anos 70, os disc jockeys eram radialistas das emissoras de rádio e selecionavam as músicas para tocar em seus programas. A partir daí, começaram a criar novas formas de apresentar as músicas, misturando ritmos e sequências aleatórias programadas por eles, até que começaram a conduzir o som de festas de tal forma que substituíram os conjuntos musicais, antes responsáveis por animar as pistas de dança nas discotecas.
Até meados da década de 90, os DJs utilizavam apenas discos de vinil em suas apresentações. Eles são utilizados até os dias de hoje, mas trazem uma dificuldade extra para que o DJ consiga encontrar o sincronismo entre as tracks, pois é essencial ter a percepção musical e também do BPM das músicas para saber quais podem ser mixadas, deixando a transição mais suave aos ouvidos do público.
Após a popularização do CD, entre os anos de 1990 e 2000, fabricantes como a Pionner, Technics e Numark desenvolveram aparelhos do tipo CD player com recursos próprios para DJ, as chamadas CDJs, que possuem botões especiais que possibilitam a mixagem das tracks. Após esse tempo, o formato de música MP3 apareceu, facilitando muito o serviço dos DJs, que hoje em dia podem baixar quase que instantaneamente músicas lançadas no outro lado do mundo.
Atualmente, os DJs não somente precisam ter um conhecimento musical absurdo, porque essa profissão tornou-se chave dentro do meio da música eletrônica, pela música, é claro, mas também abarcando aspectos de marketing pessoal e de conteúdo, produção, booking, estratégias e gerenciamento de conteúdo, networking e gestão comercial/parcerias. Além disso, é uma profissão rentável e que possui muito glamour à sua volta, com grandes artistas tendo uma vida de fama e luxo, apesar dessa ser a realidade apenas de alguns, que vem acompanhada da contrapartida de privação de liberdade, privação de sono e altos níveis de cobrança. Os DJs que não possuem tamanha fama não ficam para trás no que diz respeito ao esforço e paixão pelo que fazem, já que também possuem uma rotina extremamente cansativa e são muito apaixonados pela profissão.
Para nós, como público, o profissional nos acalanta, nos energiza, se comunica conosco por meio da linguagem mais universal que há: a música. Sabemos que ela une, transforma, cura e nos conecta e é por isso que o DJ tem o poder de ditar como o público vai reagir diante daquele espetáculo. Sabemos bem da força e importância que eles têm para nós, amantes da música eletrônica.
Imagina ver aquele DJ que você adora tocando aquela track que não sai da sua cabeça, com os braços abertos pronto para te abraçar. Você recebe esse abraço, o retribui e esse é o momento em que os corações se alinham, os sorrisos estampam os rostos, as lágrimas escorrem pelas bochechas e só o que você consegue sentir é gratidão. Gratidão por viver aquele momento, por sentir cada partícula do som invadindo seus ouvidos, por estar do lado dos seus melhores amigos, por perceber aquela energia vibrante invadindo as suas células e percorrendo seu corpo dos pés à cabeça. É incrível, não é mesmo?
Sendo o dono da profissão responsável por garantir os instantes mais felizes de nossas vidas, não somente na música eletrônica, mas em todas as outras vertentes musicais cuja presença de um DJ é essencial, devemos exaltar a profissão e agradecer por existirem artistas que vivem de música, para a música e pela música.
Por isso, agradecemos a existência desses encantadores de som, que nos permitem apreciar o momento, experimentar a sensação de pertencimento e criar as mais incríveis memórias que podemos pensar. Feliz dia do DJ para todos os nossos maestros!
Sobre o autor
Cissa Gayoso
Sendo fruto do encontro de uma violinista com um violonista, a música me guia desde sempre e nela encontrei a família que escolhi para chamar de minha. A partir de 2021, transformei minha paixão em profissão e, desde então, vivo imersa nas oportunidades e vivências que este universo surpreendente da arte me entrega a cada momento! De social media à editora-chefe da Play BPM, as várias facetas do meu ser estão em constante mudança, mas com algumas essências imutáveis: a minha alma que ama sorrir, a paixão por música, pela arte da comunicação, e as conexões da vida que fazem tudo valer a pena! 🚀🌈🍍