Grandes eventos não são mais perigosos que shopping center ou restaurante, de acordo com testes
Após eventos-piloto pelo mundo, a indústria tem aguardado com ansiedade os resultados das "aglomerações". Uma fonte do governo, em reportagem do The Sun, diz que apesar de ainda aguardar as resoluções finais, as informações tem sido encorajadoras entre as descobertas preliminares. "Isso ajudará a demonstrar que esses grandes eventos não são inerentemente mais arriscados do que outras partes do setor de hospitalidade. Isso mostra que há coisas que você pode fazer para tornar essas configurações tão seguras quanto outras atividades diárias. É verdade que eles não serão 100 por cento seguros, mas você pode reduzir o risco a um nível razoável", declara.
Sendo assim, alguns veículos de comunicação estão sugerindo que grandes eventos e clubes não são tão mais perigosos do que ir ao shopping center, cinema, pub ou restaurante. Mas vale pensar em três aspectos:
- Para frequentar esses locais, as pessoas precisam utilizar máscara e praticar o distanciamento social;
- Já para participar das festas e clubes, embora sem distanciamento social e uso de máscara, é necessário realizar um teste para Covid-19, o que não é obrigatório em outros locais;
- O público passa bem menos tempo em lojas e restaurantes do que em um evento.
Sendo assim, não é possível rastrear nenhum caso até os eventos e também não significa que as festas não terão nenhum caso confirmado após a realização. Entretanto, os dados preliminares de pesquisa revelam que com triagem (testes), melhor ventilação e outros fatores atenuantes, os riscos de transmissão de Covid-19 podem ser significativamente reduzidos, fazendo com que jogos, shows esportivos e grandes festivais não sejam tão arriscados e reduzindo temores de que possam causar grandes surtos.
Eventos no Reino Unido, por exemplo, ocorreram como parte Programa de Pesquisa de Eventos do governo, em Bramley Moore Dock (para 3 mil pessoas com duas noites de show) e em Sefton Park (para 5 mil pessoas). Também foi realizado o Brit Awards em Londres, o World Snooker Championship em Sheffield, uma conferência de negócios em Liverpool e três partidas em Wembley (com multidão). "Os cientistas esperavam que isso mostrasse quais tipos de evento e comportamento tinham maior probabilidade de espalhar o vírus. As pessoas eram monitoradas por CCTV e usavam dispositivos que mostravam com quantas outras pessoas elas entraram em contato, se apertaram as mãos ou se abraçaram, e a distância entre elas", diz trecho da reportagem.
Esses esquemas pilotos deixam duas lições para os eventos "reais": testar os participantes antes da entrada tornou-se viável e pode ser ampliado de forma adequada; a vacinação ajuda contra a transmissão e diminuição na ocorrência de casos graves do vírus, sendo uma boa ajuda nos eventos futuros, quando a maioria da população estiver vacinada. No caso do Reino Unido, onde a vacinação está acelerada, apesar da população que participa de festivais ser jovem, é bem provável que muitos deles tomaram pelo menos uma dose da vacina.
A reabertura da sociedade no Reino Unido, planejada para ocorrer em 21 de junho, depende dos relatórios que serão encaminhados aos ministros e divulgados em breve. Entretanto, os testes foram realizados antes da disseminação da variante indiana. Mas é provável que seja exigida uma "certificação de status de Covid" para os frequentadores de eventos, com objetivo de provar menor risco de infecção. Outra fonte do governo enfatizou que será necessário um nível de organização muito superior ao que era feito antes da pandemia, cumprindo os requisitos de testagem negativa recente, certificação de vacinação e/ou status de anticorpos, capacidade reduzida e protocolos sanitários de entrada. Se respeitados, o risco de surto pode ser mantido baixo.
Fonte: We Rave You e The Sun.