Para empresas, fim da taxa de conveniência resultará em ingressos mais caros
Recentemente veio a boa notícia de que uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça considerou ilegal a cobrança de taxas de conveniência na compra de ingressos online para eventos. E com isso, aquele percentual que sempre foi acrescido no valor total da compra, deixaria de existir. Uma boa economia a longo prazo, não?
Porém, como infelizmente na maioria dos casos, as coisas pesam pro lado mais fraco e quem sempre leva o prejuízo é o consumidor, e essa alegria não durou muito. Grandes empresas do setor já se pronunciaram sobre o tema e avisaram que, caso a decisão relativa à ação movida contra a Ingresso Rápido venha a valer para todos os sites de venda de ingressos, esse valor da taxa será repassado ao valor dos tickets, sendo cobrado de todos os consumidores. Ou seja: ingressos mais caros.
Porém quem é do ramo de eventos e venda de ingressos aponta que essa taxa não é injusta, é o valor recebido pela empresa que presta o serviço pelas vendas. Eles também consideram que shows que hoje estão sendo realizados, poderão em breve ser inviabilizados. Assim a cadeia produtiva de eventos seria afetada, acarretando o fechamento de diversas vagas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Vendas de Ingressos (Abrevin), o eventual fim da taxa de conveniência poderá ser a “sentença de morte” de muitos desses negócios, pois hoje, cerca de 80% do faturamento das empresas do ramo se concentra na taxa de conveniência. O porcentual cobrado pela venda online varia conforme o evento, mas costuma ser de 15% a 20%.