Mais festivais do Reino Unido podem ser cancelados devido à falta de apoio governamental
Realizado recentemente, em Liverpool, um evento piloto chamado The First Dance trouxe sinais de esperança para os festivaleiros da Inglaterra, incluindo atrações como Sven Väth, The Blessed Maddona, Yousef, Hot Since 82 e mais. Com o objetivo de reunir dados para que a indústria noturna britânica possa voltar à normalidade, nesse teste não foram necessários distanciamento social e nem uso de máscaras. O que resta agora é esperar os resultados, que provavelmente serão divulgados pelo governo local.
Apesar desse evento promissor, perspectivas obscuras estão se formando no futuro de muitos festivais do Reino Unido, pois a Association of Independent Festivals está emitindo um alerta vermelho aos governantes e projetando que até 76% dos eventos restantes (ou seja, aqueles que ainda estão programados para ocorrer em julho e agosto deste ano) podem acabar cancelados a qualquer momento, caso uma ação imediata não seja tomada.
De acordo com a própria associação representante, no Reino Unido, até o momento, mais de 25% dos festivais planejados para este verão europeu - e que teriam capacidade de receber cerca de 5 mil pessoas -, foram adiados ou cancelados, como um claro resultado da pandemia. Já os eventos britânicos mais conhecidos e de grande porte, como Glastonbury e Boomtown Fair, por exemplo, anunciaram que só podem retomar suas festividades presenciais em 2022, justamente pela incerteza e falta do suporte emergencial não disponibilizado pelas autoridades.
Paul Reed, CEO da Association of Independent Festivals, ressalta que: “Há meses, temos alertado o governo sobre os riscos sofridos pelos festivais do Reino Unido na temporada de 2021. Esse perigo agora está se transformando em prejuízos, com o total de mais de um quarto dos eventos cancelados, levando em consideração o que foi planejado para todo o ano. ”
Por fim, a associação britânica de festivais independentes alerta que os eventos que ainda pretendem prosseguir com encontros regulares nesta temporada de verão precisarão arcar com “custos substanciais não reembolsáveis” até o fim de maio. Diante disso, ao mesmo tempo, 72% dos festivais que foram adiados para 2022 também só poderão voltar no ano que vem caso possuam um seguro governamental.
Fonte: We Rave You.
Sobre o autor
Douglas Anizio
Redator da Play BPM, Freelancer e graduado em Administração. Um eterno apaixonado por Música Eletrônica.