
Estudo revela que músicas que causam 'arrepios' podem agir como um analgésico para o corpo
- Conteúdo autoral / por Caio Pamponét Lucas -
Já imaginou melhorar de uma dor apenas ouvindo música?
É justamente isso que a nova pesquisa da Universidade McGill, de Montreal, no Canadá, revelou. Segundo divulgado, ouvir sua música favorita pode ter um efeito "tão forte quanto o de analgésicos genéricos".
Darius Valevinicius, autor pioneiro desse projeto de pesquisa, disse em entrevista ao jornal britânico The Guardian que a música é mais potente que os remédios que são vendidos na farmácia.
"Podemos dizer que a música favorita reduziu a dor em cerca de um ponto em uma escala de 10 pontos, o que é pelo menos tão forte quanto analgésicos como Advil [ibuprofeno] nas mesmas condições".
Explicou ValeviciusDe acordo com o pesquisador, a música "comovente" pode ter um efeito ainda mais forte. No estudo, o grau de "comoção" de uma música foi associado ao número de "arrepios" que ela produziu: arrepios são emoções repentinas ou atenção elevada refletida em formigamento ou calafrios.
A música também foi classificada em termos de prazer e excitação emocional. Embora tenha sido encontrada uma forte correlação entre a agradabilidade da música e o incômodo da dor, Valevicius descartou essa ligação:
"Não há nenhuma correlação entre a agradabilidade da música e a intensidade da dor, o que seria um achado improvável se fossem apenas efeitos placebo ou de expectativa"
Disse ValeviciusApesar disso, a música que produziu mais "arrepios" levou a uma intensidade de dor menor.
A diferença no efeito sobre a intensidade da dor entre o prazer da música e a quantidade de calafrios provocados implica dois mecanismos: "os calafrios podem ter um efeito fisiológico de bloqueio sensorial, bloqueando os sinais ascendentes da dor, enquanto a agradabilidade pode afetar o valor emocional da dor sem afetar a sensação, portanto, mais em um nível cognitivo-emocional envolvendo áreas cerebrais pré-frontais".
O complexo estudo foi realizado da seguinte forma:
Calor era aplicado nos braços dos mais de 50 participantes, uns sentados em pleno silêncio, outros ouvindo sons embaralhados, outro ouvindo música relaxante e o restante ouvindo suas músicas favoritas. E com o resultado foi atestado que a música realmente serviu como um excelente analgésico.
Confira o artigo completo aqui.
Imagem de capa: Reprodução.
Sobre o autor

Caio Pamponét
Graduando em jornalismo pela UFBA e Redator da Play BPM. Um apaixonado por música desde a infância que cultiva o sonho de viajar pelo mundo fazendo o que ama e conhecendo novas culturas. Com um desejo inerente de fomentar a cena eletrônica de sua terra - Salvador, BA, Caio Pamponét respira os mais diversos BPM's e faz da música o seu combustível diário.
Últimas notícias

Adana Twins estreia no Surreal Park em noite assinada pela Red Room

Em um mês, YOLA alcança mais de 150 mil plays com “She Is Love”
