Não é segredo para o público inserido na comunidade da dance music que a cultura rave é algo especial. Exaltada já há aproximadamente 30 anos, ela continua crescendo e recebendo cada dia mais adeptos. E embora muitos fatores conhecidos contribuam para a expansão deste movimento, o recente estudo feito pela Universidade de Kent sugere um novo motivo. Tal instituição revelou que, segundo pesquisas, as relações e comportamentos pró-sociais se tornam ainda mais intensas entre aqueles que frequentam festas eletrônicas.

O artigo recém-publicado pela Frontiers in Psychology busca abordar profundamente não só os laços criados entre frequentadores de raves, mas até a relevância das baladas como possível terapia eficaz para quem as frequenta. Ao executar este estudo, Martha Newson, antropóloga cognitiva da Universidade de Kent, usou um modelo que ela mesma chama de “4Ds” (composto por Dança, Bateria, Privação do Sono e Drogas).

Ao realizar o levantamento, Newson primeiro precisou encontrar indivíduos que compareceram a determinadas festas ou baladas se encaixando no modelo 4Ds. Depois a doutora analisava essas pessoas que marcaram presença nos eventos, para então descobrir se nelas foram despertados um acréscimo de certos sentimentos, como admiração e transformação pessoal positiva. Quanto mais a pessoa relatava se sentir melhor, provavelmente mais ligada a determinado grupo ela estava e mostrava-se disposta a até fazer doações para a caridade.

Finalizando, a pesquisa também revelou que os psicodélicos estão fortemente associados à "construção de laços sociais significativos", o que indica que determinadas substâncias consideradas recreativas podem vir a trazer potenciais benefícios terapêuticos num futuro próximo. Confira por completo o artigo da Frontiers in Psychology clicando aqui.

Fonte: DJ Mag e We Rave You.
Imagem: Unplash.