O ano de 2016 foi fenomenal para a música eletrônica. Certamente, o maior ano da Dance Music como uma sensação mundialmente popular. Selecionar um DJ que ficou acima da média ??como “Artista do Ano” é um feito meticulosamente difícil. Nosso objetivo é homenagear um artista cujas realizações no palco e no estúdio levaram os fãs a loucura através de tracks e sets distintos do gênero e elevaram o nível para a cultura da cena nos próximos anos. Artistas como Boys Noize, Justice, Deadmau5, Porter Robinson e Madeon estão entre os que alcançaram facetas desses critérios de modo deslumbrante. No entanto, há um indivíduo icônico que ficou acima do resto em 2016. Seu nome? Eric Prydz!
O que teria um músico para se abster de lançar seu álbum de estreia depois de mais de uma década de fama e experiência? Aparentemente, manter este marco durante tanto tempo seria desperdiçar imensas oportunidades financeiras e de prestígio. Entretanto, o mais puro dos artistas não está na cena por fama ou dinheiro. Em vez disso, ele toma a quantidade necessária de tempo e esforço para completar a sua obra-prima para torná-la perfeita. Michelangelo passou quatro anos pintando o teto da Capela Sistina. Leonardo Da Vinci levou a mesma quantidade de tempo na criação de sua pintura mais importante, Mona Lisa. Os verdadeiros artistas sabem que a arte não é para se fazer correndo ou com pressa.
Enquanto Eric Prydz serviu como um dos nomes mais venerados da música eletrônica por mais de uma década, foi somente nesse ano que ele finalmente lançou seu álbum de estreia, o bem intitulado “Opus”. É claro ao analisar o tracklist do LP que Prydz tinha trabalhado em direção a sua obra-prima por anos, demonstrando maturidade e personalidade ao alterar o material ao longo do caminho.
Retrospectivamente, as revelações de tracks como “Every Day” em 2012, “Liam” em 2013, e “Mija” em 2014, parecem como se Prydz fosse o próprio Michelangelo, permitindo que os residentes do Vaticano vejam áreas acabadas da capela, deixando os setores inacabados invisíveis e desconhecidos antes da sua conclusão. Em sua totalidade, é claro, o Opus é muito mais bonito. Destaques como “Oddity” e “Trubble” que engrandecem o tom encantador em grande parte do LP, enquanto “Generate” e a faixa de fechamento do álbum estendem um impacto mistificador para um grande público eclético.
Obviamente, o álbum está longe da única conquista notável do produtor em 2016. Através de sua trindade composicional (Eric Prydz, Pryda e Cirez D), lançou trinta canções surpreendentes em 2016. Divulgou também dois EPs não oficiais intitulados sob seu alter ego do Techno, Cirez D, que incluiu a altamente aclamada (e amplamente remixada) “In the Reds”, a agressiva “The Tournament”, e a totalmente sinistra “Century of the Mouse”. Como Pryda, seu projeto mais puramente progressivo, ele divulgou um EP de 3 músicas (também sem título), que foi destacado pela peça celestial, inimista e profunda “Choo”. Basta dizer que Eric Prydz corretamente ganhou seu lugar no topo dos melhores produtores de 2016.
Muitos fãs, no entanto, não considerariam sua maior conquista este ano como fruto dos esforços de seu estúdio como produtor. Como intérprete e DJ, Prydz estabeleceu um impacto sem precedentes em 2016. Seus sets sensacionais como Cirez D foram bem executados, evocando admiração de fãs em todos os níveis do espectro Techno. Muitas vezes durando horas e horas, seus sets são tão surpreendentes para um admirador de Maceo Plex quanto para um devoto de Gesaffelstein.
Entretanto, os espetáculos sob seu nome são as suas maiores conquistas como artista. Os shows ao vivo do DJ veterano tornaram-se tão lendários que estimularam uma série reverenciada: Eric Prydz em Concert – apropriadamente abreviado como EPIC. Sua edição 2016, EPIC 4.0, foi o ápice de uma carreira que se estende por mais de uma década. A experiência é, curiosamente, menos um concerto/apresentação e mais de uma viagem áudio-visual.
A proeza técnica da produção do EPIC é incomparável. Prydz encobre-se dentro de um estrutura enorme de LEDs, sobre o qual, sempre mudando, encanta o seu público. À medida que milhares de lasers se projetam de sua fortaleza inventiva, a lenda seleciona cuidadosamente a música de sua extensa obra para marcar sua experiência sensorial inimitável. Isso leva os espectadores a uma viagem incrível com sua plataforma visual única e imersiva. A energia da experiência ondula à medida que o músico multifacetado se desloca entre os segmentos e tracks, destacando seus vários alter-egos.
Cada ano de sua carreira tem sido importante, mas em 2016, Prydz levantou sua própria moral substancialmente como um artista completo e um produtor sem igual. Até agora, sabemos o seguinte: está confirmada a ressurreição de sua série de rádio EPIC após um espaço de dois anos, que agora continuará bi-semanalmente em 2017. Prydz também estréia EPIC 5.0 em maio, embora seja quase impossível entender o que ele vai melhorar em relação ao EPIC 4.0. Estamos ansiosos.
Além de todas essas demonstrações, Eric Prydz também marcou o mundo da música com uma homenagem emocionante e única para um fã que morreu de câncer (se você não leu essa matéria, confira aqui).
Parabéns Eric Prydz pelo ano sensacional! Que 2017 seja ainda melhor!