Eleita a 2ª melhor DJ do Brasil, Eli Iwasa fecha 2020 com projetos inovadores
Enquanto o mercado do entretenimento continua cercado de incertezas, artistas e profissionais se readaptam ao momento para se manterem ativos em um ano tão atípico. Foi assim que Eli Iwasa, referência na cena eletrônica com mais de 20 anos de carreira, se conectou com projetos que pudessem ajudá-la a atravessar a crise e ajudar seus fãs a se entreterem, se engajando em lives e ações que a levaram ao fim de 2020 em alta com crítica e público, ganhando a indicação ao prêmio de melhor DJ no WME Awards pelo segundo ano consecutivo e ocupando a vice-liderança na votação popular do Top 100 da DJane Mag.
Com média de três apresentações semanais e passagem por grandes festivais como o Rock In Rio e Time Warp, a também sócia dos premiados clubs 88 e Caos, – que ajudaram a moldar a cena do interior paulista -, Eli sentiu a queda brusca das datas de sua agenda de shows, e passou a fazer lives criativas de sua casa, desde o início da pandemia. Também lançou um clipe do Bleeping Sauce, seu projeto paralelo em que canta ao lado do produtor Marco A.S., dirigido pelo cineasta Raul Machado (assista aqui), modelou para campanhas publicitárias de marcas como Samsung e Dzarm, foi pioneira no país ao reformular seu club para reabrir em formato de bar seguindo todos os protocolos, aflorou seu lado comunicadora como apresentadora do programa E.las, da Só Track Boa, em que entrevistou mulheres que se destacam na cena eletrônica e já está com a tabela de planejamento cheia para 2021.
Para o ano que vem, além de datas já programadas – caso ocorra a liberação – em grandes eventos como o Warung Day e Federal Music Festival, Eli também retornará em um novo projeto como comunicadora, apresentando um podcast que mostrará toda a pluralidade da cena musical brasileira. Na primeira temporada, que vai ao ar no primeiro trimestre, ela conversa com nomes como Marta Carvalho (curadora da Natura Musical, além de ter uma agência focada no desenvolvimento da carreira artística de mulheres negras, trans, indígenas e comunidade LGBTQIA+), Rodrag (performer não-binário), Paulo Tessuto, Cashu e Amanda Mussi, todos envolvidos em muitas festas queer. Para as próximas temporadas, Eli busca falar com representantes de núcleos de todo o Brasil para traçar um panorama geral de toda a cena nacional.
A trajetória de duas décadas atuando desde promoter a empresária e artista deu a Eli a bagagem necessária para empreender esse audacioso projeto. “Dentro desse cenário de incertezas, a cena vai focar muito em talentos e eventos nacionais, também por conta da alta do dólar e das restrições das viagens internacionais. É importante que continuemos resilientes, nos reinventando, para nos fortalecermos enquanto cena”, conclui, com a esperança de um novo ano melhor para a indústria musical.
Como DJ, só no ano passado, Eli Iwasa foi a única jurada brasileira no Amsterdam Dance Event (maior conferência de música eletrônica do mundo, em Amsterdam) ao lado de lendas internacionais como Todd Terry, Dave Clarke e Joseph Capriati, em um concurso de produtores, tocou na festa do label Life and Death (um dos mais icônicos do Velho Continente) e também levou o techno a grandes festivais tradicionais como o Rock in Rio. Graças a esse trabalho de consistência, ela ganhou um episódio na série “Quando elas tocam” do Canal BIS, foi indicada ao prêmio de melhor DJ do ano pelo Women’s Music Event Awards, maior premiação feminina do país, e foi votada a 2ª melhor DJ no Top 100 DJane.