Durante a cobertura do Play BPM no maior encontro de música eletrônica do mundo, o Amsterdam Dance Event de 2017, eu, Victor Flosi, pude notar algumas características da cena eletrônica holandesa e fazer algumas considerações, especialmente quando comparada à nossa cena brasileira. Por isso achei válido escrever essa crônica detalhando essa experiência engrandecedora.
Não entenda essa crônica como um texto de “hater”, com sindrome de inferioridade tupiniquim. A cena no Brasil é muita rica e tem muitas qualidades, a começar pela energia do público e dos fãs, tanto citada por inúmeros DJs em entrevistas que já fiz por aí. Porém temos que admitir que ela está longe do ideal. Durante os 5 dias do evento que aconteceram entre 18 e 22 de Outubro em Amsterdam na Holanda, entre idas e vindas nos eventos fechados das gravadoras, press days, entrevistas, festas pequenas e grandes festivais pude notar uma série de coisas que me chamaram à atenção.
Dividi entre 4 pontos principais e fico feliz em poder dividir eles com vocês, pessoas, que assim como eu, amam música eletrônica e querem o melhor para a cena em geral. Vamos à elas:
Existe um país chamado Holanda com uma cidade chamada Amsterdam, onde as pessoas respeitam os gostos musicais dos outros, sem brigas ou picuinha. Sem um xingando o outro porque prefere comercial ou underground.
Um lugar onde os organizadores respeitam os pagantes com estrutura decente, line-up consistente e devida segurança. Onde o público paga pra ir prestigiar seu DJ favorito, sem reclamar ou querer lista VIP. Onde os DJs são respeitados com bons cachês e liberdade de
expressão de som. Onde a cultura faz com que os DJs respeitem os horários; as festas e seus companheiros de profissão.