
AYA leva música eletrônica e Rezos Ancestrais aos primeiros Jogos Indígenas do Xingu, no Pará
Entre os dias 17 e 20 de julho, a praia de Altamira, no coração do Pará, foi palco de um momento histórico: a primeira edição do Festival de Cultura e Jogos Indígenas do Xingu. Com a presença de 14 etnias, mais de 900 indígenas e uma programação vibrante que uniu esportes tradicionais, manifestações culturais e apresentações musicais para 20 mil pessoas, o evento marcou a retomada simbólica dos espaços originários na maior cidade do Brasil em território.
Entre os destaques musicais, AYA foi uma das headliners responsável por levar ao palco uma apresentação poderosa e conectada com o espírito do festival. Nascida em Manaus e reconhecida precursora e disseminadora do Amazonic House, — que une música eletrônica, sons da floresta e vocalizações indígenas —, a artista entregou uma performance que uniu tecnologia e ancestralidade, com a força ritualística de sua conexão com os povos da Amazônia.
“Receber esse convite foi muito especial, porque há anos venho trabalhando com propósito junto à floresta e aos povos amazônicos. Estar como headliner do primeiro festival indígena do Xingu foi uma honra enorme. É um marco de retomada de espaços para os povos originários. E fazer parte disso, como artista e como filha da Amazônia, foi profundamente emocionante”
Conta AYA, que se apresentou na sexta-feira, 18, no palco montado na Orla da cidade, às margens do Rio Xingu.
Além de performar no evento, a DJ teve encontros com diferentes etnias, participou de trocas culturais e foi convidada para um almoço pela família da etnia Xipaya, fortalecendo laços que ultrapassam a música.
Com uma trajetória de quase duas décadas na cena eletrônica brasileira, AYA vem consolidando sua nova fase artística com reconhecimento nacional e internacional. Ao longo de sua carreira, já tocou para públicos de mais de 200 mil pessoas e se apresentou em locais simbólicos como o Teatro Amazonas, a Praia da Ponta Negra e no evento de lançamento do Rock in Rio, o Amazônia Live — mas considera o festival em Altamira um divisor de águas.
“A minha missão é ecoar as vozes, lições e histórias do povo da Amazônia. E estar nesse evento, que reuniu 15 etnias diferentes, é a confirmação de que estou no caminho certo. A validação dos próprios povos é o que mais me emociona. É pra eles, por eles e por nós.”
Disse AYA
A primeira edição do Festival de Cultura e Jogos Indígenas do Xingu combinou provas como arco e flecha, canoagem, natação, arremesso de lança, cabo de força e futebol com danças, exposições, rituais e shows inéditos — transformando Altamira em um grande território de resistência, celebração e visibilidade para os povos originários.
AYA, com sua presença sensível e sonora, foi parte essencial desse marco. Um reencontro com suas raízes; um rezo em forma de música; e uma ponte viva entre o passado ancestral e o futuro possível.
Mais sobre AYA
Filha da Amazônia, nascida em Manaus, AYA é uma artista que ultrapassa fronteiras sonoras e culturais. DJ e produtora há 18 anos, ela cria experiências musicais que conectam tecnologia e ancestralidade, o urbano e a floresta.
Sua trajetória começou sob o nome May Seven, com apresentações marcantes, sets hipnóticos e uma carreira que a levou aos palcos mais respeitados do Brasil. Em 2025, iniciou um novo ciclo: AYA é o renascimento de sua identidade artística e espiritual, marcada por uma conexão profunda com as raízes amazônicas.
Reconhecida seis vezes no Top 100 Brasil da revista inglesa DJane Mag, figurando no Top 10 nas edições mais recentes, AYA é uma das representantes mais consistentes da cena eletrônica brasileira. Já tocou para públicos de mais de 200 mil pessoas, com destaque para sua apresentação solo no lendário Teatro Amazonas — um marco que reafirma sua presença artística e versatilidade.
Seu estilo — o Amazonic House — é uma fusão inovadora entre beats eletrônicos, percussões tribais, vocalizações indígenas e paisagens sonoras da floresta. Resultado de anos de pesquisa e vivências na Amazônia, esse som carrega identidade, sofisticação e uma assinatura única que a diferencia no cenário global.
Imagem de capa: Divulgação.
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