"Agradeço ao tempo livre", conta Alesso sobre pandemia em entrevista ao Haute Living
Glamour, dinheiro, festas, viagens, jatinhos, fãs, paparazzi. Esses são alguns termos comuns no dia-a-dia de grandes DJs e produtores que, junto com o bônus da fama, ganham o ônus de ter suas privacidades tolhidas e uma rotina completamente fora do comum. Assim era a vida de Alesso, antes da pandemia.
Em uma entrevista para o portal Haute Living, o icônico artista revelou detalhes de como está sendo o momento pandêmico para ele, o que, em seu caso, o fez ter a vida mais próxima do “normal” que ele pôde viver nos últimos anos. Enquanto nós ficamos frustrados em estarmos presos dentro de casa, para pessoas como ele isso foi uma bênção. Dormir na própria cama, ter uma rotina e não viajar são alguns exemplos de atividades simples que, para o icônico DJ, não era possível. “Agradeço o tempo livre”, admite ele. “Quando eu começo a ver alguns dos voos na minha agenda, é como ‘Puts, vou começar a vida maluca de turnês novamente. Eu não estou reclamando, estou animado, mas também é bom dormir na minha cama todas as noites e ter uma vida mais normal."
O tempo dedicado ao estúdio durante a pandemia está rendendo bons frutos para Alessandro Renato, seu nome de nascença, reforçando sua percepção sobre o poder da música. E sonzeiras incríveis estão surgindo a partir desse momento de reclusão, como é o caso de seu último EP, "Progresso vol.2", lançado em 1º de junho.
De acordo com a entrevista dada ao portal Haute Living, para o futuro, o produtor sueco demonstra interesse em entrar no mercado de NFTs e se aventurar no mundo das trilhas sonoras para séries de animação. Sem dar muitos detalhes a respeito dos projetos, ele expressa sua vontade de se desenvolver e evoluir como artista usando lados diferentes de seu cérebro e explorando novas possibilidades.
Residente do clube Wynn, em Las Vegas, e com muitos shows confirmados nos Estados Unidos, o responsável pelo hino “Calling” alega estar em um momento no qual sua saúde mental é prioridade, pretendendo, inclusive, seguir morando na Suécia para ficar mais perto da família. Assim como o resto da população mundial, o isolamento e a solidão o fizeram mergulhar dentro de si próprio. “Há alguns anos passei por um momento mental difícil”, confessa. “Consegui tudo que queria – uma carreira e viajar pelo mundo – mas então percebi que se não cuidasse da minha saúde todas essas coisas que eu queria se tornavam estressantes para mim. Elas deveriam me dar felicidade, mas começaram a fazer o oposto porque eu não cuidei de mim, nem física e nem mentalmente. Isso foi assustador. Sua saúde é tudo. Gosto de um pouco de estresse, mas não que as coisas sejam tão estressantes que você não consiga cuidar de si mesmo – o que já vimos 100 vezes, infelizmente: grandes artistas que entram em situações difíceis demais para aguentar. Eu não quero ser assim. Isso me assusta", conta em entrevista ao Haute Living.
Em relação a isso, ele faz referência ao colega de profissão e amigo Avicii, que morreu por suicídio após sofrer de problemas de saúde mental. “Ficar sozinho nesse mundo não é bom para você, por isso, para mim, as duas coisas que mais me importam no mundo são a família e os amigos. Todo o resto vem depois, incluindo minha carreira."
Embora tenha sido um período de reclusão, solitude e autoconhecimento, Alesso está se cercando de familiares, amigos e música para encontrar uma luz no fim do túnel. Nesse verão, ele planeja se jogar de cabeça no retorno dos eventos e aproveitar momentos de lazer com seus amigos para recuperar o tempo perdido.
Confira a entrevista completa que o artista deu ao Haute Living aqui e fique por dentro dos próximos passos do icônico DJ sueco.
Foto: Randall Slavin
Reportagem: Laura Schreffler
Styling: Mila Saric
Grooming: Marlaine Reiner
Cabelo: Nikki Pittam
Camisa e Jaqueta: Anthi (BLK PR)
Camiseta: Fear of God (FWRD.com)
Calça: Mouty Paris (BLK PR)
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Cissa Gayoso
Sendo fruto do encontro de uma violinista com um violonista, a música me guia desde sempre e nela encontrei a família que escolhi para chamar de minha. A partir de 2021, transformei minha paixão em profissão e, desde então, vivo imersa nas oportunidades e vivências que este universo surpreendente da arte me entrega a cada momento! De social media à editora-chefe da Play BPM, as várias facetas do meu ser estão em constante mudança, mas com algumas essências imutáveis: a minha alma que ama sorrir, a paixão por música, pela arte da comunicação, e as conexões da vida que fazem tudo valer a pena! 🚀🌈🍍