Uma das primeiras coisas que você aprende em um curso de psicologia é que correlação não implica causalidade – ou seja, que a ligação entre dois eventos não necessariamente implica que um tenha causado o outro. Mas isso também não significa que a correlação deva ser sempre ignorada; afinal, nossos cérebros são máquinas especializadas em analisar e definir padrões.
E um grupo de pesquisadores da Universidade de Cambridge recentemente encontrou uma relação direta entre tipos de personalidade e o nosso gosto musical. No estudo, as pessoas foram separadas em dois grupos: os “enfatizadores” e os “sistemáticos”.
O grupo dos enfatizadores no caso era composto por pessoas que, como o nome já diz, tendem a enfatizar o que ouvem; pessoas que se ligam mais no “feeling” do que na estrutura musical. O outro grupo, que continha as pessoas sistemáticas, reuniu uma galera mais analítica, calculista… Basicamente o oposto.
E o resultado foi bem direto – os enfatizadores em geral preferiam músicas mais calmas, como R&B, soft rock, e folk, e os sistemáticos, coisas mais pesadas como punk, heavy metal, e músicas com estruturas mais complexas, como o jazz.
É claro que essa informação por si só não é nem um pouco revolucionária; afinal, ela condiz com as primeiras impressões que esses grupos de pessoas geralmente passam. Mas o importante aqui não são os resultados – e sim como eles podem ser generalizados.
Veja bem, a ideia por trás do teste era definir como exatamente as pessoas decidem quase que instantaneamente se amam ou odeiam uma música ao ouví-la pela primeira vez. E isso pode ser algo extremamente importante para a indústria musical, ajudando bastante na hora de confeccionar novas playlists e anúncios em vários serviços de streaming, como o Spotify, Pandora, Grooveshark…
Bem promissor, né? Conhecer bem o seu público é o primeiro passo para agradá-lo. Vamos ver até onde eles conseguem chegar!