Deep, Minimal, House ou Tech House? Por dentro das produções do brasileiro Rov
Por Maria Angélica Parmigiani.
Em um mercado competitivo onde a nova ordem é volume e as músicas se renovam a cada semana, a grande sacada para conseguir se destacar é buscar pelo diferente, de forma inteligente e ousada, mas para conceber essa ideia é preciso foco e dedicação.
Seguindo a máxima publicitária de ter brainstorm, é preciso trazer pensamentos diversos para o papel e, quanto mais diversificado for, mais chances da ideia ser realmente criativa. Em termos musicais, seria pinçar referências de outros universos para conceber algo único, mas para isso acontecer, é preciso ter bagagem. Por essa razão, não é incomum encontrarmos nas biografias artísticas que a trajetória se iniciou precocemente e que outras referências estilísticas foram exploradas para se chegar a uma identidade própria.
É mais ou menos assim que a banda toca para Pedro Roviriego, mais conhecido como Rov. O jovem artista ingressou na carreira de produção musical não tem muitos anos, mas foi através da sua bagagem com bateria, percussão e violão desde a infância que a vontade de fazer algo diferenciado surgiu. Mesmo com a pouca idade, ele já chamou atenção de alguns selos internacionais como Baikonur, Be One, WyldCard, House Of Hustle, entre outros.
Com diversas influências musicais retiradas do Funk, Soul, Blues, ele passeia por estilos como Deep, Minimal, House e Tech House, misturando o passado com sonoridades mais contemporâneas. Em seu quarto lançamento pelo selo do belga Loulou Players, a Loulou Records, o artista apresenta um two-tracker intitulado “Jack The House”, onde ambas as faixas trazem grande influência da House Music americana.
A faixa-título carrega a energia da bateria construída com sons minimalistas, o que cria uma atmosfera mais moderna, voltada para o Tech House. Além disso, percussão e arpejos fazem referência a Soul Music e ao House em sua versão mais classy. Já na segunda faixa, Wanna Heat, Pedro criou o sample vocal de um anúncio de voo e completou as lacunas com som de xilofone, dando um charme extra à ideia original.
Criativo e versátil, Pedro já recebeu um apadrinhamento de máxima relevância para sua carreira e com certeza esse é só o começo. O artista já confirmou que em 2021 haverá mais lançamentos na área, inclusive, chegou na última segunda seu single de estreia pela Happy Techno Music, “Bassface”, em collab com Mitch, como uma das 30 tracks da compilação Barcelona 2021.