A música moderna é cada vez mais livre e sem rótulos. Em vez de tentar simplesmente qualificar o som como determinado gênero, os produtores buscam referências em todo lugar para construir sua identidade sonora. Também tem aqueles que são ainda mais radicais, como Douth!, que prega o fim dos gêneros e, remando contra tendências, vai trilhando uma carreira de sucesso. O goiano une forças com o paulista WOAK em “Dancing Party”, lançamento da UP Club Records com um pé no Tech e outro no Bass House, bebendo de várias referências para colocar a pista toda para dançar. Ouça aqui.
“Dancing Party” é a síntese de diversas influências dos artistas, que não se prendem às tendências atuais do music business para agradar. “Acho o som do WOAK fora da caixa comparado com o que normalmente recebo, e isso somou muito para me incentivar com essa collab, complementando as ideias dele com as minhas”, conta Douth!, que já produziu Trap e busca referências nos clássicos das décadas passadas.
Cheia de efeitos e com o bass inconfundível que já é assinatura de WOAK, a nova track bebe diretamente do Tech e Bass House “My bass never disappoints (em tradução literal, meu baixo nunca desaponta)”, diz o produtor, em referência ao nome do seu set autoral que é um raio-X da sua mente musical e sem falsa modéstia sobre o que é uma das principais características do seu som.
A nova track também deixa transparecer a influência do Desande, que tem seu epicentro em Goiânia. “Não me prendo a rótulos. Procuro aperfeiçoar minhas técnicas sempre praticando o que eu já sei e buscando novas ferramentas, novos samples ou até sampleando referências. Busco autenticidade, não gosto de ser totalmente influenciado a seguir tendências, por mais que elas sejam essenciais para se ter um estilo musical. É ‘beber da fonte’, como diria meu caro amigo Pedro Maia (Mochakk). Não sigo um padrão, cada som transmite uma nova experiência. #RIPGENRES”, afirma Douth!.
Essa é a segunda collab entre os artistas, que colaboraram anteriormente na track “Last One”, lançada em maio. Com o lançamento desta sexta pela UP Club Records, a dupla mostra o valor dessa nova geração que não precisa se limitar a um gênero específico para construir uma base sólida de fãs que só querem uma coisa: música para se acabar de dançar.