WLL comenta 5 técnicas utilizadas no seu novo remix para Carmela, "Jealous"
O DJ e produtor brasileiro WLL, radicado em Los Angeles acaba de lançar seu novo projeto, o remix para Carmela, em "Jealous". Desde que começou a lançar suas músicas em meados de 2019, Will Martins tem mostrado personalidade tanto musicalmente falando, como na forma que se posiciona no mercado.
Seu último lançamento, “Devil In Us”, em colaboração com Fagét reforça bem a estética radio-friendly do artista, além das influências pinçadas de projetos como Disclosure, Kaytranada e nomes como Sam Smith, como acontece em sua faixa "Devil in Us".
No remix para a cantora, compositora e amiga Carmela, o terceiro trabalho entre eles, WLL sai do quadrado para entregar uma versão em 2-Step Garage. O produtor, que se diz muito fã do UK Garage e seus sub-gêneros, sentiu que seria possível trazer essa vibração no rework, acelerando seu próprio passo e criando uma atmosfera divertida para os vocais. Hoje eles nos conta cinco técnicas utilizadas neste trabalho. Confira!
Kick and snares Sincopados
Diferentemente de outros ritmos do house, o 2-step não se conforma com o padrão "Four-to-Floor" (bumbo em todos os tempos do compasso, e a caixa no 2º e no 4º tempo). O bumbo e a caixa são mais variáveis no 2-step. Eu criei diferentes padrões de bumbo e caixa entre os versos e o refrão, preenchendo com outros elementos de percussão, o que é bem comum no 2-step também.
Sampling
"Samplear" é algo que eu utilizo muito nas minhas produções. O termo se refere à reutilização de uma parte de uma música e criar algo novo daquilo. Logo na intro da música eu recortei uma pequena parte do refrão e dei um novo ritmo, criando uma informação sonora completamente nova.
Synth Layering
Essa técnica é muito utilizada pra dar profundidade e "peso" pra certos sons. Layering é nada mais que acumular camadas de diferentes instrumentos, fazendo o mesmo som. Eu usei synth layering desde o baixo até os acordes principais da música.
Filtros Cutoff
Eu gosto de utilizar filtros pra dar movimento pra certas partes da música. Por exemplo, logo no início o meu Kick está bem filtrado, pra dar uma textura mais amena pro inicio da musica. Não entregar muito logo de cara. Os vocais também tem filtros entrando e saindo a todo momento durante a track.
Modulação Harmônica
Essa técnica não foi nem minha, já estava presente na track original, então eu decidi seguir e me utilizar disso pra dar uma nova energia pro final da música. Modulação harmônica, nada mais é que a mudança de um tom para outro. Logo após o break, Carmela sobe um tom em sua melodia, e eu somente segui ela e re-harmonizei tudo pra se encaixar no mesmo contexto. E e eu curti bastante o resultado.
Imagem de capa: divulgação.