A magia dos remixes: um presente para as pistas de dança e nossos ouvidos
- Via Assessoria de Imprensa -
Quantas vezes você já sentiu aquele sentimento de nostalgia ao ouvir na pista de dança uma música antiga que você escutava na sua infância ou adolescência? É bastante comum sermos surpreendidos dessa maneira, isso porque muitos produtores resgatam faixas dos anos 70-80-90 e produzem edits e remixes em cima de músicas que fizeram sucesso nas décadas passadas.
É bastante comum também que faixas antigas em seu formato original, sem qualquer tipo de modificação, sejam tocadas para o público, a exemplo de “Freed From Desire”, do Gala, que é de 1997 e foi tocada nos últimos meses por vários DJs pelo mundo, ou mesmo “Enjoy The Silence”, do Depeche Mode, de 1990, que volta e meia é trazida à tona e faz o público todo cantar junto.
Os exemplos acima, porém, são de produções que já possuem uma construção baseada na música eletrônica, mas muitas composições que são originalmente de outros estilos também podem ser revisitadas e ganhar uma nova roupagem, tornando possível ouvi-las e dança-las em um club ou festival.
Por exemplo, quem não lembra de “I Follow Rivers”? A faixa original de Lykke Li, de janeiro de 2011, ganhou um remix pelo produtor The Magician alguns meses depois e hoje soma mais de 480M de plays apenas no Spotify, três vezes mais que a original. Trazendo pro mundo do House, também poderíamos citar “Missing”, do projeto Everything but the Girl. A faixa original foi lançada em 1994 e no mesmo álbum Todd Terry deixou sua própria versão e a transformou num hit das pistas nos anos 90.
Exemplos recentes também estão aí para reforçar o sucesso que remixes podem ter, como “Slow Down”, a famosa collab de Slow Motion com Vintage Culture que converteu a versão R&B original de Maverick Sabre com Jorja Smith num Deep House delicioso que foi Top #1 do Beatport — em números, a faixa original possui 35M de reproduções no Spotify, contra 235M do remix. Nada mal, né?
Toda essa contextualização acima tem um motivo, claro. Recentemente, quem resolveu resgatar uma faixa dos anos 80 e imprimir sua identidade houseira em um novo remix foram dois artistas brasileiros que não cansam de fazer bonito: Classmatic e Brisotti. Estamos falando da recém-lançada “Autumn”, que chegou no dia 28 de julho pela Organic Pieces, label do próprio Classmatic, numa ode à faixa original do artista holandês Richenel, lançada em 1982 como a primeira do álbum La Diferencia.
Aqui, a sonoridade sutil, os vocais emotivos e os acordes açucarados da composição de Richenel se mantiveram, mas o remix ganhou beats acelerados do House, um groove macio que acompanha todo o arranjo, além de uma ênfase na linha de baixo bem funky que também já fazia parte da versão original. O resultado é uma track super pra cima, vibrante e versátil, que com certeza pode ser utilizada como uma carta coringa em diferentes momentos de um set. Já foi testada e aprovada em muitas pistas por aí, agora está disponível para ouvirmos em qualquer lugar:
Imagem de capa: Divulgação.