Lee Pearce, ZYNK, Sisto e mais: o excelente start de 2022 da Namata Records
"Gravadora independente gerida por Gabriel Evoke, impulsionando música de ponta para a geração de mente aberta". Direta e certa, a descrição da Namata Records deixa clara as intenções do selo. Desde o segundo semestre de 2020 — durante o lockdown — promovendo beats em torno de sonoridades House, Minimal e Deep, a plataforma rapidamente pegou para si um espaço relevante no cenário.
Hoje a Namata está entre as 100 principais labels Hype de Minimal/Deep Tech e Deep House no Beatport; até o fechamento desta matéria, protagoniza as posições #42 e #48, respectivamente, segundo o Beatstats. A plataforma costuma divulgar ainda o selo nos concorridíssimos banners da página principal.
O ano de 2022 tem sido um ano interessante para a Namata. Focada em qualidade mais do que quantidade, três lançamentos permearam os últimos meses do selo. Os trabalhos começaram em fevereiro, pela mente criativa do DJ e produtor Lee Pearce. O britânico, respeitado no cenário por seu trabalho com a label Swerve Digital e suas apresentações nos maiores clubs do mundo, passeou entre 126 e 130 BPM com o EP "Chang".
Comunicando-se sempre com uma linguagem visual cheia de cores, colagens e menções à natureza para as capas de seus lançamentos, a Namata voltou a promover lançamentos em abril. Ali foi a vez do também britânico ZYNK, que vem fazendo um trabalho sólido com lançamentos pela Resonance e Likeminded e é figura frequente em cenas underground de Londres e Ibiza. Ele apresenta seus dois original mixes bem dinâmicos e groovados através do EP "Affecting Me", sucesso de vendas da Namata.
Em maio, o catarinense Sisto cuidou de entregar matizes sonoras elegantes e cheias de essência, em trabalho desenvolvido junto ao colega de cena Pemax. Contrastando o semblante minimalista de "Piste016" com os grooves clássicos de "Poing G", o EP teve ainda participação do veterano Rodrigo Ferrari, que remixou a faixa-título do projeto.
Seguindo sua regularidade de releases, junho prepara o retorno de Jorge Mattos à Namata. O talento brasileiro, que havia colaborado anteriormente com a label no ano passado, no VA "Species", traz agora três faixas, cada uma com sua autêntica paisagem sonora. Começa pela faixa "That's Right", minimalista e com um breakcontagiante antes do drop.
A faixa homônima do EP, "Weather Lake", sugere uma virada de chave para a aura classuda do Deep House, trazendo vocais femininos e timbres chiques. Essa estética é ampliada na track seguinte, "I Can Bring", que acelera o BPM e deixa a linha de baixo mais constante para abordar uma faceta musical ainda mais pisteira do artista. Ouça:
Imagem de capa: Play BPM