Em entrevista exclusiva, Sheldon compartilha suas recentes experiências na D-EDGE e no Red Light Festival, em Moçambique
Sheldon já coleciona 17 anos de experiência como DJ, mas mesmo com uma carreira já consolidada, ele não cansa de surpreender. Em sua recente apresentação na D-Edge, ele agitou a pista do Superafter com um set poderoso que passeia entre as vertentes do Disco Music ao Tech House colocando o público todo para dançar. E essa performance impressionante se repetiu novamente em sua apresentação no Red Light Festival, em Moçambique, no último dia 26.
O dom para a música é algo natural para ele que está na discotecagem desde os 13 anos, já que seu talento nato é uma herança de família e pulsa através do seu coração, tão facilmente quanto o sangue. Com uma expertise e bagagem musical rica, Sheldon é figurinha carimbada da D-edge e já se apresentou em inúmeros clubes renomados, como Anzu, Hot Hot, Café de La Musique, Club 88 e outros Brasil afora, além de ser residente da Klandestine Music.
Carregando influências que vão de Mau Mau e Renato Ratier a Carl Craig e Mark Farina, Sheldon possui uma leitura de pista invejável, e é conhecido por saber construir o set perfeito, sem deixar ninguém parado, com mixes dinâmicos, carregados de groove e ritmos dançantes. Acompanhar uma de suas apresentações é certamente um experiência que fica guardada na memória, e se você ainda não teve a oportunidade de assistir esse espetáculo, para sua sorte, seu set do Superafter da D-Edge acaba de ser disponibilizado. Mas, antes de curtir esse som, te convidamos a conferir o papo com o artista:
Olá Sheldon! Seja bem-vindo ao Play BPM, ficamos felizes em receber você. Como essa é a primeira vez por aqui, a gente queria saber um pouco mais da sua trajetória. O seu talento para a música tá no sangue, mas como foi essa influência da sua família? E como foi o seu encontro com a música eletrônica, isso também veio de dentro de casa?
Sheldon: Olá! Como estão? Espero que bem. Fico muito feliz em estar aqui na Play BPM. A música está no sangue sim, desde meu avô guitarrista, minha mãe pianista clássica e popular, e pai e tia que não tocavam nada, mas tinham um bom gosto musical incrível! A música eletrônica sempre foi minha preferida dentre todos os estilos que eu ouvia quando criança! Sempre fui mais Armand Van Helden do que Roupa Nova hahaha (Apesar de hoje eu amar ambos).
Como suas influências musicais evoluíram desde que você começou até agora? Analisando a sua trajetória, como você enxerga a sua jornada como DJ? Você se considera um artista diferente do que era quando começou ou a essência em si é a mesma?
A essência em si é a mesma, porém com novas metas. As influências foram evoluindo conforme eu pesquisava cada vez mais artistas e histórias sobre músicas, clubs, culturas, festas, entre outras coisas, então eu enxergo minha jornada como dj bem gratificante! Sou muito feliz com o que conquistei, onde cheguei, e só tenho a agradecer a música por tudo que tem me proporcionado!
Você possui uma experiência musical de muito anos já, e sempre se destaca pelos seus sets poderosos. Conta um pouco para a gente como você busca construir a energia das suas apresentações e o funcionamento do seu processo de leitura e abordagem frente a uma festa…
Ah…a regra é básica: eu me sinto em casa! Quero todo mundo se divertindo e dançando ali, tanto quanto eu! Então sempre levo MUITAS músicas de estilos diferentes, pois nunca se sabe o que pode acontecer e o que a noite e o momento ali pedem.
Recentemente você voltou à cabine do D-Edge, que já é quase sua segunda casa, para a apresentação de um set surpreendente no SuperAfter. Como foi esse momento?
Foi incrível!!! Eu e Lee Foss na pista 1, e assumir depois dele… foi algo bem legal. Tanto que durou 2 horas a mais que o esperado. Era pra acabar meio dia e fomos até as 14hrs de um domingo bem legal. E se deixar, eu não paro, rs.
O set para a noite foi tão intenso e contagiante que recentemente foi até lançado oficialmente. Como você descreveria esse set para quem não pode estar presente na noite e vai dar o play ao fim desta matéria?
Imaginar como se estivesse na pista, e escutar esse set em ALTO E BOM SOM. Até porque, é um set gravado ao vivo, onde às vezes não faz muito sentido você escutar no seu carro ou na sua casa…mas basta imaginar todo o contexto pra ele fazer mais sentido!
Você acaba de se apresentar no Red Light Festival, em Moçambique. Como foi a experiência? A troca com o público de lá é muito diferente do que você costuma encontrar aqui no Brasil?
Olha… não é muito diferente não, viu? Animados iguais os brasileiros, e muito abertos pra escutar um som diferente do que eles costumam! Foi uma experiência bem legal!
Para finalizar, quais são seus próximos passos? Alguma novidade que você pode nos adiantar ou planos para 2023?
O próximo passo é realizar mais edições da Klandestine, junto com o FractaLL, Rocksted, e o time da Slam Management. Além disso, voltar a tocar cada vez mais, eeeeee ainda ir pro estúdio e lançar algumas coisas! Então 2023 vai ser um ótimo ano! Fiquem de olho na Klandestine, que tem muuuita coisa vindo por ai, não só com as festas, mas também muita novidade na gravadora!!!
Imagem de capa: divulgação