Minimalismo, grooves e energia: aprofunde-se na chancela musical de Majoness
Majoness é a alcunha artística do criativo Raphael Carneiro, uma figura paulistana apaixonada pela Dance Music que após rodar entre os principais venues globais da música eletrônica, retornou ao país com o sentimento de que também gostaria de ver a qualidade promovida por lá nas pistas brasileiras.
Após agitar as pistas de spots como Berlim, Ibiza, Holanda, Miami e Tulum, Majoness voltou ao Brasil inspirados por essas vivências e junto, trouxe as primeiras edições da Apenkooi e do DGTL para o país. Ao longo desse caminho, diversas coisas aconteceram, entre elas, a pandemia, e a necessidade de entregar ao mundo os sons que vibram da sua alma também.
Assim, no final do ano passado, Majoness estreou com o álbum "Call to Papito", em parceria com o experiente produtor musical Matheus Zingano — com quem já está produzindo novas faixas. Na sequência, o EP "333" chegou com tudo, sem deixar dúvidas sobre a qualidade musical que habita esse potente artista. Por isso, o convidamos para trocar figurinhas conosco e aprofundar em sua chancela musical, carreira e projetos. Confira!
Olá Raphael, seja bem-vindo à Play BPM! Você está em plena turnê europeia, como é estar de volta às pistas que tanto te inspiram após se lançar na indústria com o álbum "Call to Papito" e o EP "333"? Você vem obtendo excelentes resultados, não é mesmo?
Estou muito feliz em voltar principalmente após o lançamento do 333, muito feedback que me faz cada dia querer mais. Especialmente com o álbum 333, junto com o Prunk, pela Do not sleep, estamos em 2º no ranking do beatport como Deep house e minimal tech. Estou muito feliz com esse resultado.
Você já é um conhecido de longa data das pistas, afinal, são mais de 15 anos de caminhada. Como você entende que essa experiência te ajudou a alcançar a excelência em suas faixas logo de cara?
Acredito que essa longa caminhada me fez encontrar minha identidade musical, agora eu tenho 100% de ctz do que eu quero.
E nos conta um pouco mais… você é paulistano, mas bebeu de diversas fontes culturais ao longo da sua trajetória, da América do Norte à Europa: qual lugar mais te marcou?
Holanda, especificamente Amsterdam, com certeza minha identidade foi fundamental lá.
Pegando o gancho, quais são as suas grandes influências?
No House e Disco… nomes como Paul Kalkbrenner e Umami são as principais!
E qual foi a grande força que te moveu a produzir e lançar músicas, mesmo tendo uma carreira muito bem encaminhada tanto como seletor, quanto fomentador?
Sempre foi meu sonho ter minhas próprias músicas, mas não é tão simples assim… determinação + tempo = resultado! E tenho muito que aprender. Fico muito feliz de ter grandes produtores amigos por perto para me ajudar nessas construções.
Você também trabalha com eventos desde os 18 anos, não é mesmo? Mas você sempre soube que era o que você queria e ao que se dedicaria profissionalmente?
Eu sempre coloquei o evento como prioridade, mas nesses últimos anos me dedico 100% na carreira artista, quem sabe em breve volto a produzir eventos.
Você é uma das mentes por trás da chegada da Apenkooi e do DGTL ao Brasil. Qual papel você desempenhou e o que te motivou a viabilizar esses eventos?
Fui o idealizador do projeto, fui em uma APenkooi em 2011 por acaso pra ver Umami tocar, amei o evento e a ideologia da festa. Dois anos depois entrei em contato e iniciamos o projeto no Brasil e na sequência trouxemos o DGTL que faz parte do grupo Apenkooi.
E pergunta que não quer calar: por quê Majoness? rs
Majoness começou com uma brincadeira que tinha com um grande amigo Rafael Puglisi, nosso querido dentista, por eu ter família italiana, brincávamos com isso.. mas não tem nenhum motivo específico, acabou pegando mesmo.
Por fim, mas não menos importante… rola uma palinha do que o segundo semestre do ano trará? Valeu pelo papo!
Muitas novidades por vir, track com Bhaskar que está ficando show de bola, com a lenda do house Mr.Mike e meu próximo álbum, que está com groove bem bacana! :)
Imagem de capa: Divulgação