'Estava contando os dias para vir ao Brasil e me apresentar em casa pela primeira vez': falamos com Madson Carpenter
Madson Carpenter é um catarinense de Araranguá que há seis anos radicou-se por Lisboa, em Portugal. Amante das sonoridades eletrônicas desde a adolescência, foi com a maturidade que o DJ e produtor se desenvolveu o suficiente para traçar caminhos profissionais e mais assertivos no rumo do Techno Peak Time.
“Lisboa sempre me inspirou pela cultura local, e minha vivência na noite me trouxe além de um amplo conhecimento musical, contatos e pessoas que me deram oportunidades de mostrar o meu projeto em uma fase inicial”, revela Carpenter. E acertou. São cinco anos como DJ e caminhando para dois como produtor que colocam Madson Carpenter como um artista que deve-se ficar de olho.
O talento é um dos aspectos que o colocam como essa potência, mas outra característica profissional curiosa é que o produtor emerge em uma dinâmica incomum para o praticado entre produtores brasileiros: ele aflora em um contexto europeu e com nome estabilizado por lá, parte para a primeira tour tupiniquim, em seu país natal.
“Quando me senti seguro com a decisão de dedicar a minha vida à música, não pensei muito sobre iniciar ela em outro país senão o Brasil; porém em uma oportunidade inesperada, ela teve que tomar um novo rumo. Não foi fácil iniciar um projeto em um país com um cenário evoluído e um público exigente, mas com muita persistência consegui entrar no círculo local. O mais legal disso é que a cada experiência nova que tenho mais empolgado eu fico para os próximos passos”, afirma o artista, que complementa:
“Toda gig é importante, seja grande ou pequena"
Madson Carpenter"É muito excitante olhar para o calendário e ver tantas festas que tenho pela frente, lembro até hoje da primeira gig que tive em outro país, que foi em Berlim, em dezembro de 2019. Eu estava tão nervoso que tive uma breve crise de ansiedade antes da festa (mas deu tudo certo). O mais engraçado é que mesmo sendo DJ há quase 5 anos, eu sempre fico ansioso e nervoso com toda gig que eu tenho, como se tivesse borboletas na barriga (risos)”.
Todo esse prolífero caminho, que além do compartilhamento de lineups com expressivos nomes e integração direta com a maior vitrine da música eletrônica da atualidade (a Europa), o catarinense ainda está envolvido com projetos como as residências no Techno Addicted, The Cube e Disturb, além da atuação frentes às labels NAV’Sound e Noise.
Com lógica de ascensão na indústria invertida, o produtor se prepara para a primeira turnê em seu país natal. “Estava contando os dias para vir ao Brasil e me apresentar em casa pela primeira vez, conhecer o cenário local, ver a energia contagiante das pistas brasileiras… Sei que é algo que só o Brasil tem”, narra o produtor, que reflete que tocar pela Europa é bom, mas que não pretende abrir mão de jeito nenhum da energia e pista que só o calor brasileiro é capaz de gerar.
Imagem de capa: divulgação.
Madson Carpenter: Instagram | Soundcloud | Spotify