“Meu sonho é surfar no Rio de Janeiro”, comenta Kaskade em entrevista antes de desembarcar no Rock in Rio
- Conteúdo Autoral / por Rodolfo Reis -
Kaskade, nome artístico de Ryan Raddon, é uma das maiores figuras da música eletrônica mundial. Com uma carreira consolidada e reconhecida por seus feitos inovadores, ele já foi indicado ao GRAMMY oito vezes e foi o primeiro DJ a se apresentar no Super Bowl. Em 2022, a Billboard destacou Kaskade como o artista de música eletrônica que mais vendeu ingressos no mundo. Além de seus shows icônicos, ele também é conhecido por sua residência pioneira em Las Vegas, que influenciou o cenário de entretenimento da cidade.
Em 2024, ele foi premiado como "Melhor Artista Homem do Ano" pelo iHeart Radio EDMA, tanto individualmente quanto pela parceria com Deadmau5 no projeto Kx5. Kaskade possui uma base de fãs leal e suas apresentações ao vivo são conhecidas por esgotar ingressos e proporcionar experiências únicas.
No dia 22 de setembro, Kaskade retorna ao Brasil para apresentação no Rock in Rio, o artista americano será responsável por fechar o palco New Dance Order no último dia de festival. Confira o super papo que batemos com ele:
Está feliz em estar retornando ao Brasil?
Eu amo o Brasil, toda vez que eu vou eu tenho ótimos momentos, é um lindo país, com ótimas pessoas e comidas deliciosas. Estou animado em retornar não somente ao Brasil, como também ao Rock in Rio, onde estive em 2022.
Não podemos deixar de comentar que o Deadmau5 também estará presente no Rock in Rio... será que podemos esperar algo do Kx5?
Hahahaha, talvez... um grande talvez!
Aproveitando que já estamos falando disso: em 2008, você lançou uma de suas primeiras colaborações com o Deadmau5, a icônica "I Remember", que atualmente é a sua faixa mais ouvida no YouTube. Quinze anos depois, vocês lançaram "Escape", que se tornou a sua música mais ouvida no Spotify. O que essas duas faixas representam para você e o que pode nos contar sobre o projeto Kx5?
Hmmm, "I Remember" foi algo mágico, um momento especial nas nossas carreiras, simplesmente pela forma como essa música aconteceu.
"Escape" surgiu de um jeito semelhante. Deadmau5 e eu somos amigos, então de vez em quando trocamos mensagens, e ele disse: "Ei, tenho uma música que precisa de uma ajuda". Eu ouvi e pensei: "Ah, já sei como finalizar isso". E foi assim que "Escape" nasceu.
E foi a partir dessa música que lançamos a ideia do Kx5. Pensamos: "Já fizemos algumas músicas no passado, talvez devêssemos tentar criar um projeto mais completo e fazer alguns shows a partir disso". Basicamente, estamos apenas nos divertindo e vendo o que conseguimos criar juntos.
Para mim, essas são as suas duas melhores músicas. "I Remember" é realmente mágica. Toda vez que você a escuta, é como se fosse a primeira vez. E "Escape" também tem uma energia incrível. Tenho que te agradecer por ter criado essas duas obras de arte.
Obrigado, fico muito feliz que você as ouça e curta.
Qual foi o momento mais impactante para você em termos de crescimento pessoal como artista? Houve algum evento ou conquista que mudou sua perspectiva sobre a vida ou a música?
Hmmm, o maior crescimento... Acho que toda vez que trabalho em um álbum sinto que evoluo como produtor, porque é muito desafiador criar uma obra completa. Quando você faz apenas uma música, é como se fosse algo mais simples: você começa e termina. Mas quando se trata de um álbum inteiro, há muitos desafios. Você está lidando com diferentes tipos de músicas e precisa criar algo coeso. Então, sinto que a cada álbum que faço, me torno um produtor melhor, e acho que isso acontece porque esses desafios realmente nos fazem crescer. Fazer coisas difíceis nos torna melhores.
Se você pudesse voltar no tempo e dar um conselho ao Kaskade que estava começando, o que diria? Há algo que faria de diferente?
Paciência. A música me ensinou paciência. Quando eu estava começando, eu era muito nervoso e ansioso, sabe? Eu não tinha ideia de onde minha carreira iria parar. Hoje, é fácil olhar para trás e dizer: "Ah, deu tudo certo", claro, deu certo. Mas quando você é jovem, é difícil, sabe? É difícil ganhar a vida, pagar o aluguel, ter dinheiro para comida, para o carro, todas essas coisas. Eu ficava muito estressado e ansioso. Se eu pudesse falar com a minha versão mais jovem, eu diria: "Relaxa, vai dar certo. Continue trabalhando duro, continue fazendo o que você está fazendo e as coisas vão se resolver."
Agora vou fazer algumas perguntas rápidas e quero respostas rápidas, ok?
Um artista brasileiro: Gui Boratto
Um prato brasileiro: Carne. A carne brasileira, cara. Quando vou ao Brasil, adoro comer um bom bife. Ah, e sabe o que mais? Pão de queijo é delicioso também, sempre peço quando estou no Brasil. Amo pão de queijo. Eu adoro a comida brasileira.
Uma cidade brasileira: São Paulo
Uma das suas faixas com a qual você tem uma conexão muito pessoal: Todas elas, mas vou dizer "I Remember", já que você mencionou essa. É uma música mágica, sem dúvida.
Algo de que sente falta: Pizza de Chicago. Agora moro em Los Angeles, mas cresci em Chicago, então estou sempre sentindo falta da comida de lá.
Um sonho: Surfar no Rio. Na última vez que estive no Brasil, consegui surfar no Rio, e os surfistas brasileiros são incríveis. Espero que eu tenha um tempo para surfar no Rio quando estiver lá novamente.
Bom é isso, eu agradeço o seu tempo por falar conosco, te desejo o melhor no seu show no Rock in Rio.
Eu que agradeço, muito obrigado!
Imagem de capa: Reprodução.
Sobre o autor
Rodolfo Reis
Sou movido por e para a música eletrônica. Há 7 anos, idealizei trabalhar com esta paixão, o que me levou a fundar a Play BPM. 3 anos depois, me tornei sócio da E-Music Relations. Morei na Irlanda por 2 anos, onde aprendi a conviver e respeitar ainda mais outras culturas. Já tiquei 28 países do globo, mas ainda sonho em ser nômade. Apelidado carinhosamente pelos amigos de "Fritolfo": quando o beat começa a tocar, eu não consigo parar de dançar.