Retornando da sua tour na Europa, um dos DJs e produtores mais conhecidos e aclamados do Tech House brasileiro, Gabe bateu um papo com a Play BPM contando detalhes sobre a sua viagem e o tão aguardado retorno da sua label party Gabe All Night Long.

Passando por alguns dos mais conceituados clubs europeus, como Amnesia, Hï Ibiza e Brunch In The Park Barcelona, o responsável por uma carreira consolidada como um dos maiores artistas da cena brasileira conta um pouco mais sobre essa aventura e também tudo que podemos esperar da próxima edição da All Night Long. Confira!

Como foi a sua tour pela Europa? Conte um pouco sobre o público.

Tocar na Europa é uma experiência muito legal, mas ao mesmo tempo um pouco diferente. Dentro do estilo que eu toco, a maioria dos artistas que explodem mundialmente acabam vindo de lá, então você acaba tocando para um público que tem uma cultura de música eletrônica um pouco mais antiga que a nossa, o que gera uma reação de pista diferente do Brasil, mas acredito que isso vai influenciar positivamente a minha carreira, sejam nas gigs no retorno ao meu país quanto em minhas produções. 

E sobre as datas em Ibiza e Barcelona, como foi tocar por lá?

Foi irado tocar lá! Em Ibiza eu toquei no Amnesia e no Hï Ibiza, recentemente eleito o club número 1 do mundo pela DJ Mag. Nessas primeiras datas eu toquei uma linha de som mais próxima do que estou acostumado a tocar por aqui, e no Hï ainda tive a oportunidade de fazer um B2B com o Vintage Culture no final que, como sempre, foi muito especial. Já em relação à data de Barcelona, que foi no Brunch in The Park com a curadoria do Warung, fiz um B2B com Albuquerque. A festa rola durante o dia então isso acaba gerando uma atmosfera um pouco diferente. Sem dúvidas, essa tour na Europa me fez muito bem, volto com as energias renovadas e com muita sede pelo meu retorno às pistas brasileiras, que é onde me sinto em casa. 

Logo após a tour europeia, você retorna para o Brasil para, finalmente, trazer a Gabe All Night Long de volta. Qual é a sensação de voltar com a sua label party?

A sensação é uma mistura de felicidade com expectativa e ansiedade. Em 2019, a tour do All Night Long foi muito legal, passamos por São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e, quando já estávamos na campanha da edição de Curitiba, infelizmente começou a pandemia e fomos obrigados a interromper os eventos. Estamos muito ansiosos por aqui para o retorno!

Algo mudou no background da festa durante esses quase três anos de hiato pandêmico?

Aproveitamos esse período parados para poder organizar com bastante calma todo o planejamento do nosso retorno. Buscamos muitas referências para trazer para o All Night Long, principalmente em relação a experiência do público com o evento. A pegada da tour anterior foi com uma cenografia mais lúdica, e a ideia para 2022 é vir com uma proposta mais high-tech, a galera vai curtir muito.

E agora voltando lá para o comecinho de tudo, como surgiu a ideia dessa festa?

A ideia do All Night Long surgiu em Curitiba. Toquei em uma festa do Dudu Marcondes e do Jeje, que rolou na Usina. Nessa noite eu fiz um long set, que foi muito especial, e ali mesmo surgiu a ideia. Foi uma noite tão boa que me fez pensar: “quero repetir isso mais vezes e em outros lugares”. E daí em diante começamos por São Paulo e fomos replicando em outras cidades. 

O que você tem preparado sonoramente para o seu set no All Night Long? Podemos esperar lançamentos da G-Spot Records?

No set pretendo tocar a maior parte das minhas produções, as músicas que me marcaram e as que mais gosto, mas vou tocar bastante tracks de outros artistas também. Além da construção do set passar por tudo que fiz desde o início do projeto Gabe, até os dias de hoje, também quero mesclar bastante coisa antiga, aqueles clássicos, sabe? Claro que tudo isso numa sequência que faça sentido sonoramente, sem seguir uma ordem cronológica. Os lançamentos da G-Spot com certeza estarão presentes! Afinal, a maioria das músicas que eu lanço por lá, acabam fazendo muito sucesso em meus sets antes mesmo do lançamento. Por muitas vezes quando a track é lançada ela já está mais que validada pelo público nas minhas apresentações.

E desta primeira edição até os dias de hoje, qual mudança é a mais significante na sua opinião?

Acho que a maior mudança, na verdade, é a busca incessante para oferecer uma experiência para o público onde ele se sinta bem em todos os aspectos, seja no atendimento ou na entrega do evento em si, e não apenas na preocupação com a música. 

Algum spoiler que possa nos contar sobre o retorno do Gabe All Night Long? O que podemos esperar da festa? 

Estamos trabalhando bastante no projeto de luz, que com certeza vai ser o grande diferencial dessa próxima tour. Como eu disse anteriormente, a proposta é vir com uma pegada mais high-tech para esse ano, e a luz com certeza vai surpreender todos que irão curtir a experiência do All Night Long, em São Paulo, no dia 5 de agosto.