Falamos com Gabriel Evoke sobre seu novo curso “Como começar seu selo de música eletrônica?”
Segundo estudos, a maioria das empresas abertas vai fechar ou falir nos próximos 5 anos e um dos principais motivos para isso é a falta de planejamento e de conhecimento sobre o que está fazendo. Apesar de o cenário de música eletrônica estar ligado ao entretenimento, não deixa de ser um mercado e quem se envolve nele precisa sim se encarar como uma empresa e levar tal diversão a sério.
Isso se estende às labels. De certo modo, não é tão difícil começar uma label, mas, se você não tiver todos os aspectos necessários em dia, dificilmente vai se destacar e firmar uma empresa sustentável e com crescimento contínuo ao longo dos anos, podendo inclusive transformar sua label em uma "cidade-fantasma", sem apelo e sem evolução.
Gabriel Evoke acaba de lançar uma oportunidade que promete esclarecer todos os pontos envolvendo a criação e gestão de uma gravadora, desde a sua concepção até a sua manutenção. Passando por tópicos como planejamento, branding e registros, o DJ e produtor faz três meses de acompanhamento com os alunos, com direito a uma assessoria presente.
Gabriel é formado em Produção Fonográfica pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e levou a sua label Namata Records ao destaque internacional logo nos seus primeiros dois anos de existência. Segundo a plataforma Beatstats, a Namata é hoje uma das 100 principais labels de Minimal/Deep Tech do mundo, concorrendo até mesmo com selos icônicos com décadas de estrada.
Ciente de sua aptidão para fomentar o cenário brasileiro, ele lança o seu curso “Como começar seu selo de música eletrônica?” e fala com a gente mais detalhes sobre o projeto.
Oi, Gabriel, tudo bem? Qual foi a sua intenção ao criar este curso e de que maneira você acredita ser capaz de ajudar a profissionalizar as labels do nosso cenário?
Tudo bem, obrigado! Nos últimos meses, eu tenho percebido uma crescente chegada de novos selos no mercado nacional. Como label manager eu procuro acompanhar o trabalho desses meus pares e percebo que, infelizmente, muitos não fizeram o “dever de casa”. Ter uma label não é uma tarefa simples, não se resume a criar uma logo e jogar tracks no Beatport. O trabalho vai muito além, requer conhecimento, planejamento e muita responsabilidade. Caso contrário, se torna uma aventura com prazo de validade. Após muito estudo e gestão da Namata nos últimos anos, pude adquirir a experiência necessária para auxiliar e instruir quem sonha em empreender nesse segmento da música eletrônica, com profissionalismo.
Conte-nos um pouco sobre os principais aspectos que um label owner precisa ter em mente para criar uma label longeva em um cenário tão concorrido como o da música eletrônica.
Primeiro de tudo, um gerente de gravadora tem que ser responsável, porque quando trabalhamos com obras de terceiros, o cuidado e a transparência são cruciais. O profissional precisa ser organizado, ter conhecimento sobre planejamento de lançamentos e financeiro. Noções de marketing e promoção. Relacionamento e diálogo com artistas. Ser consistente, estratégico e ter tempo.
Segundo a sua experiência na Namata, quais são os principais erros cometidos pela maioria dos label owners e que impedem o crescimento sustentável de uma label?
O principal deles é a falta de organização e profissionalismo. Antes de lançar a Namata, eu já atuava como produtor musical, há mais de 10 anos, e é incrível a quantidade de gravadoras (inclusive renomadas) que não é transparente com os artistas, não presta contas e repassa royalties, que entrega materiais de baixa qualidade para divulgação ou que não organiza uma boa promoção. Um label manager tem que entender que gravadora e artista têm que correr juntos para que um bom resultado seja alcançado. Também não posso deixar de citar o trabalho do A&R, saber o que assinar e o que não assinar é fundamental.
Conte-nos mais detalhes sobre a jornada proposta pelo curso e os materiais que incluem nele.
O curso tem a duração de quatro a cinco semanas, sendo um encontro online semanal, em que trabalharemos 9 módulos - que acredito serem pilares essenciais para dar os primeiros passos nessa jornada. Os assuntos vão desde entender o motivo, momento certo e as responsabilidades de se abrir uma label, construção da identidade visual e musical, escolha da distribuidora, planejamento, estratégia de lançamentos e cronograma, até colocar o primeiro release no ar. Além de meios de expandir a sua marca de uma forma mais rápida e eficaz.
Ainda estou oferecendo um bônus de três meses em que estarei disponível ao novo label manager, após a finalização do curso, para dúvidas, dicas e sugestões.
Como os interessados podem entrar em contato com você?
Os interessados podem entrar em contato comigo via direct no Instagram. Inclusive tem um link no meu perfil com mais infos sobre o curso.
Confira mais detalhes do curso neste link.
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Imagem de capa: Divulgação.