Robbie Rivera é um DJ e produtor de house music nascido em Porto Rico. Ele tem um extenso catálogo de produções originais e remixes para o seu crédito, variando de Tribal House a Progressive House, incorporando elementos de Garage House e elementos latinos. Com uma extensa discografia, Rivera tem diversos shows com a marca Juicy, inclusive com festas incríveis no Nikki Beach Club em South Beach, Miami, todos os anos durante o WMC (Winter Music Conference) e Miami Music Week. Pudemos bater um papo com ele, se liga:
Play BPM: Como você vê a dance music no momento?
Robbie: Eu acho que a house music está de volta, como sempre, canções alegres de melodias de piano com grooves house, bass e tambores tuff. Muitas faixas house atravessando a rádio comercial em alguns países, por isso é um bom sinal.
Play BPM: Você pode nos contar um pouco sobre como a trilha Funk-a-tron nasceu?
Robbie: Eu estava no meu antigo estúdio trabalhando com meu teclado Kurzweil K2000 e encontrei este ótimo sintetizador que veio com um dos discos. Depois de experimentar alguns bumbos e velhos loops de bateria, encontrei alguns bits que usei para criar as batidas. Eu não estava usando nenhum computador para esse tipo de sequenciador / sampler que o teclado tinha. Comecei a construir a faixa e toquei a melodia do Funkatron e sabia que havia algo especial nela. Acidentalmente adicionei um compressor à mistura completa e obtive o efeito do que chamamos de “side chain”. Isso foi em 2003! O resto é história.
Play BPM: Como você lida com a nova tecnologia no momento? Você está sentindo falta dos tempos do vinil?
Robbie: Eu gosto de tecnologia. Qualquer coisa que facilite minha vida no estúdio eu não me importo! Brincar com vinil é muito divertido.
Play BPM: Por que o Juicy foi para o grupo Armada?
Robbie: Fizemos uma joint venture para expandir a marca e distribuir. Nós só fizemos isso por um ano e decidimos continuar com a nova equipe.
Play BPM: Com tantos sucessos bem produzidos, por que você criou tantos apelidos no passado? Cena de techno de Detroit era grande?
Robbie: Os nomes de alias são usados para liberar mais músicas em vários estilos de música eletrônica. Às vezes este é um bom lugar para estar como outra pessoa e é melhor.
Play BPM: Como é que você não tem um relacionamento com o Miami WMC com tantos concorrentes no momento?
Robbie: Fazer as partes no WMC ficou fora de controle e está piorando a cada ano. Há muita competição e os DJs tocam várias partes em um dia e isso se torna uma bagunça. Alguns eventos não dizem Como eu ligo? Com alguns Jack Daniels nas rochas.
Play BPM: Você pode nos contar sobre seus shows no Brasil? Quais cidades tem mais chance?
Robbie: Eu já toquei em muitas cidades do Brasil. Rio e São Paulo foram ótimos, mas também Manaus, Florianópolis e alguns outros. Meu som funciona muito bem no Brasil!
Play BPM: Com quais produtores brasileiros você trabalharia? Alguém que você realmente conhece?
Robbie: Eu tenho trabalhado com o Audax e eles são muito talentosos. No passado artistas brasileiros como Tikos Groove.
Play BPM: Qual é a chave do sucesso em sua visão?
Robbie: Trabalho duro e foco no que realmente importa para alcançar seu objetivo. Haverá momentos ruins e tempos ruins, mas nunca devemos desistir.
Play BPM: Se você não fosse DJ e Produtor, que trabalho você poderia fazer?
Robbie: Eu trabalharia com animais. Eu amo eles.
Play BPM: Que DJs te inspiraram a começar sua carreira de 1986 até hoje?
Robbie: No final dos anos 80 bandas como New Order e Erasure me inspiraram muito. Também produtores como Shep Pettibone, Justin Strauss, Robert Clivilles, David Morales, Louie Vega, Rollo, Danny Tenaglia, Armand Van Helden, Josh Wink, Kenny Dope, Todd Terry. Dos produtores de hoje eu gosto do Duke Dumont, Gorgon City, Chris Lake e eu.
Play BPM: Você pode nos enviar um top 5 de faixas que você está tocando no momento?
Robbie: DJ Angelo-The Ride, Cide Frank Nitty-Time, Mastiksoul-Latino, Robbie Rivera-My Body Move
Play BPM: Como você vê a maneira como as pessoas lançam músicas hoje em dia?
Robbie:É mais fácil lançar músicas para que você não precise estar em muitos rótulos. Você pode ter sua própria label e não pode trabalhar. Hoje em dia você pode lançar muita música que também é lucrativa se você vive fazendo música.
Play BPM: O que você ouve em seus momentos pessoais com a família?
Robbie: Reggae e rock clássico.
Play BPM: Em que horas você produz mais faixas? Manhã, tarde ou à noite?
Robbie: Tarde e noite. Quando eu terminar de administrar minha vida!
Play BPM: E O que vem depois?
Robbie: Nós sabemos que você nunca pára. Eu lancei uma nova faixa no Snatch Recordings chamada Body Moves. Eu tenho uma nova música chamada “sing it with me” no Juicy e outra música chamada “that melody” no selo Ibiza For the Love of House Music. Eu tenho muitos lançamentos e remixes que eu não consigo lembrar no momento!
* Entrevista elaborada e escrita por Michel Palazzo.