Ser notado no meio de tantos artistas buscando atenção é uma missão bastante difícil, mas às vezes a sorte também pode estar do seu lado. Foi em uma audição de Felipe Senne, — fundador daHub Records — que o DJ e produtor carioca VEIG conquistou os ouvidos do headlabel e garantiu espaço no catálogo desta que é uma das gravadoras mais tradicionais do mercado brasileiro.
Sua faixa foi sorteada para ser conferida durante uma Demo Listening Session e na hora chamou a atenção de Senne, que topou assinar na hora. “Dirty Bird” foi lançada oficialmente nesta sexta-feira (29) e você pode conferir a faixa na íntegra logo abaixo, nas versões extended e radio edit, enquanto confere um pouco mais da história de VEIG nesta entrevista exclusiva à Play BPM.
Play BPM: Você é um produtor relativamente novo, certo? A HUB Records já tava na sua lista de objetivos há bastante tempo? Esse “desande” é o estilo de som que você mais curte produzir? VEIG: Eu produzo a sério mesmo há uns quatro anos. Eu digo a sério pois antes eu só brincava de fazer música, mas chega um momento que você precisa decidir se realmente quer levar a produção para um nível profissional e foi isso que fiz. A HUB era um grande sonho meu sim! Eu fiz o curso de produção do Felipe Senne, então acabou sendo natural querer lançar por lá! Eu diria que o desande é uma inspiração. Gosto de mesclar estilos, tentando criar algo único cada vez que produzo. O jogo é conseguir criar algo que soe novo, mas ao mesmo familiar no ouvido do público.
Play BPM: E conta um pouco dessa mistura de Tech House com Bass que você incluiu nela… como surgiu a ideia de “Dirty Bird”? Foi através do vocal mesmo? VEIG: Essa música tinha começado com uma pegada bem mais para o Tech House, mas ao longo da produção eu não estava sentindo que estava legal e nem diferente… Aí comecei a brincar, testando timbres diferentes, efeitos e vocais, só deixando rolar mesmo, sem me prender a um estilo específico. Foi aí que começou a surgir algo, quando eu estava me sentindo mais “livre”. O vocal ajudou a definir a vibe da música, mas foi o jogo de timbres que criei que deu vida ao som Dirty. O Bass House foi uma inspiração com sua pegada mais caótica e suja e o Tech House serviu para dar uma limpada e dar o groove certo para a pista.
Play BPM: Imagino que assim como todo artista, você também deve ter seus ídolos… quais são os DJs/produtores que você se inspira? VEIG: Gosto muito de ter diversas referências, principalmente em estilos de músicas diferentes, mas dentro da eletrônica em si me inspiro muito no Malaa e Tchami, pela criatividade deles dentro do G House. Gosto muito do Tech House do Fisher, que é simples, mas poderoso, e convenhamos, gruda na cabeça!No Brasil tenho muitas inspirações, como Illusionize, Victor Lou e Gustavo Mota que representam muito minha sonoridade! Mas como eu disse, me inspiro muito em estilos diferentes, então não posso deixar de fora o Vintage Culture, Gabe e Morttagua.
Play BPM: Por último, mas não menos importante: qual é o recado ou a mensagem que a música de VEIG deixa para as pessoas? Valeu! VEIG: VEIG é uma sensação, uma experiência, que está crescendo e que vai trazer muita novidade neste novo ano.