Entrevista exclusiva com FTampa horas antes de sua apresentação no Tomorrowland Bélgica
O Play EDM como sempre traz pra você o conteúdo mais fresquinho! Fique ligado na nossa cobertura exclusiva do Tomorrowland direto da Bélgica através de nossas redes sociais. Nesse sentido, conversamos com Ftampa, o primeiro DJ e produtor brasileiro a se apresentar no palco principal do maior festival de musica eletrônica do mundo. Confere aí esse papo:
Então cara, na realidade eu recebi essa notícia um pouco depois do Tomorrowland Bélgica do ano passado. Eu toquei no palco do V SESSIONS, e aí acabou que foi muito legal o show, e eles me falaram “ano que vem você está de volta”, mas não me falaram nada sobre o palco. Aí pouco tempo depois, o Edo, que é um dos meus managers, me mandou um email falando que eu tinha sido convidado pra tocar no palco principal. Cara, eu vou ser bem sincero, eu fiquei muito feliz mas eu só acreditei mesmo quando foi anunciado, porque é muito bizarro. É uma coisa que eu almejava muito, é uma coisa muito grandiosa pra mim, então nossa… não tenho nem palavras para poder descrever o quanto foi legal.
Então, na verdade, eu venho me preparando bastante para esse show. É… muita gente está achando que eu larguei o EDM, pelo estilo estar caindo… mas isso não existe. Na verdade o que está acontecendo é que, eu por opção, quis dar uma cara mais musical pras minhas músicas, mais banda, porque esse é meu background, eu vim das bandas. E eu quis fazer isso com minhas músicas novas, gravar violão, guitarra e tal, porque eu acho interessante, acho bem legal isso. E durante os últimos meses, eu venho fazendo várias músicas novas nesse estilo; algumas eu toquei no Tomorrowland Brasil, mas eu vou tocar muito material novo, que é a cara do som que eu vou fazer. Tem muita coisa em vários BPMs, não estou me prendendo e tô empolgado cara, eu acho que vai ser animal. No Tomorrowland, a vibe sempre é sensacional e eu acho que a galera lá também tá bem aberta pra vários tipos diferentes de som, e eu vou fazer um set bem diferente com muita coisa autoral.
Cara, a “Stay” tem uma história interessante. Eu tenho esse vocal há 5 anos. Quando comecei a mexer com música eletrônica, eu procurei a Amanda Wilson. Ela já estava muito explodida com a track com o Avicii, e eu fiz uma base pra ela com esse vocal, e eu nunca consegui adequar ele a alguma música que eu achasse que ficasse interessante; sempre que eu o colocava eu acabava desistindo da música, e aí, quando decidi começar a mudar meu estilo pra uma coisa mais musical, eu lembrei desse vocal e pensei “pronto, agora é a hora de usar ele” – e essa foi a primeira música que eu fiz com essa nova pegada. Ela foi uma música que me lembra de quando comprei um violão nos EUA e fui a um estúdio com ele. Comecei a tocar e ela meio que saiu. Guardamos ela por muito tempo, porque eu ainda tinha algumas músicas de EDM pra lançar, e a gente não queria bagunçar o schedule. Então assim, eu tenho muito carinho por essa música, porque foi a primeira que eu consegui fazer nessa pegada, e eu acho que ela ficou… nossa, eu gostei muito, de tudo nela.