Entrevista exclusiva com NERVO: “Nós sempre sentimos o amor no ar quando tocamos no Brasil”
Lindas, simpáticas, humildes… Eu poderia escolher centenas de adjetivos para descrever Liv e Mim – as irmãs NERVO -, mas apenas esses três são o suficiente para mostrar o quão incríveis são as DJs mulheres mais famosas do mundo.
Detentoras da posição #24 do TOP 100 da revista DJ Magazine, as gêmeas ficaram conhecidas pelo hit “The Way We See the World” , uma colaboração com Afrojack e Dimitri Vegas & Like Mike. Mas o que muitos não sabem é que elas também já escreveram para Kylie Minogue, Ke$ha, Pussycat Dolls, e até mesmo Britney Spears! Incrível, não?
Em alta demanda e adoradas no mundo todo, sua agenda infindável as leva das praias reluzentes de Ibiza para o seu estúdio em Londres, além de grandes festivais como o Electric Daisy Carnival e o Tomorrowland, seja em Las Vegas/Bélgica ou no Brasil. Por onde elas passam, sua energia contagiosa, estilo destemido, e amor e compreensão profunda pela música as acompanham.
Na entrevista exclusiva concedida à Play EDM durante sua passagem pelo #EDCBR, as irmãs NERVO conquistaram ainda mais este redator que vos fala, que com certeza jamais esquecerá tamanha humildade e simpatia mostrada por ambas. Confira! ;)
Sim, o sentimento é o melhor! Sempre que tocamos no Brasil sentimos uma verdadeira gravitação… É muita energia e paixão, e todo mundo fica tão empolgado! Muito obrigada mesmo ao público brasileiro, de coração. Vocês nos deixam muito orgulhosas!
Eu acho que era uma camiseta molhada… E sabe, pra ser sincera, não foi tão revoltante assim, afinal, é o show business, né? Essas coisas acontecem… E o show tem que continuar! Sem contar que no fim das contas isso acabou gerando uma boa história (risos). Muita gente pergunta sobre isso. A única parte chata é que foi justamente num momento em que estávamos tão focadas, construindo uma vibe sensacional… Mas acontece, né?
Achamos que sim… Essa foi a nossa primeira track que estourou. Quando a lançamos, nós não éramos ninguém – mas felizmente, tanto o Afrojack quanto o Dimitri e o Mike já eram grandes estrelas. A música era para o Tomorrowland, que não era um evento enorme como é hoje, então não tínhamos a dimensão do sucesso que faria. Mas é claro que abriu muitas portas! Essa track cresceu tanto, mas tanto, que demoraram uns 2 anos para nos tocarmos do que estava acontecendo (risos)!
Sim, é uma carreira bem acessível para as mulheres. Tudo depende do seu trajeto, seu talento na música, e assim o mundo estará disponível para você. Na verdade, nós recebemos muito apoio dos meninos, porque eles conseguem ver o nosso lado. Eles são verdadeiros cavalheiros com a gente (risos).
Agora no caso é um dia comum pra gente (risos). Nossa rotina é sempre maluca; outro dia, nos perguntaram o que nós fizemos no nosso último dia de folga… E olha, não temos um dia de folga há tanto tempo, que não deu nem pra responder (risos)! Amanhã tecnicamente seria um dia para descansarmos e aproveitarmos um pouco o Brasil, só que temos muito trabalho a fazer. Nós amamos muito tudo isso! E quanto à música, é engraçado porque adoramos ouvir pop, e assistir a várias séries. Também gostamos de entrar no YouTube e ver vídeos engraçados, e passamos muito tempo no Skype com a nossa família e amigos, para colocar o assunto em dia.
Nós estamos trabalhando em cima de muitas músicas novas, inclusive com uma pegada mais pop, uma coisa com mais melodia, mais estruturada. E definitivamente planejamos voltar ao Brasil, que é um país muito especial para nós. Só não podemos prometer que será no Tomorrowland, mas definitivamente vamos tentar. Nós realmente amamos estar aqui!
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Tradução: Jéssica Fonseca e Felipe LoureiroAgradecimentos: Sony Music e EDC Brasil
Sobre o autor
Rodolfo Reis
Sou movido por e para a música eletrônica. Há 7 anos, idealizei trabalhar com esta paixão, o que me levou a fundar a Play BPM. 3 anos depois, me tornei sócio da E-Music Relations. Morei na Irlanda por 2 anos, onde aprendi a conviver e respeitar ainda mais outras culturas. Já tiquei 28 países do globo, mas ainda sonho em ser nômade. Apelidado carinhosamente pelos amigos de "Fritolfo": quando o beat começa a tocar, eu não consigo parar de dançar.