A Play EDM teve o prazer de conversar com o DJ e produtor suíço Croatia Squad, na Dukke, em São Paulo. Pra você que ainda não conhece esse cara, não deixe de conferir toda a conversa que tivemos com ele na semana passada! Alejandro Torres é uma das sensações da cena underground mundial, e seu som é diferente de tudo o que você já escutou. Confira tudo com exclusividade logo abaixo!
Já fazem 10 anos desde que eu comecei a tocar esses estilos, tocando todos os tipos de som. Minhas influências são as boas músicas dos anos 80 e 90. Minha primeira produção foi em 2002, e a ideia era fazer algo que ninguém fazia, arriscar, ser diferente. Ainda hoje, me reinvento de forma criativa toda vez que vou para o estúdio produzir.
Tudo que faço vem do underground. Eu acho que é muito importante pra todo DJ começar do underground pra saber exatamente o que ele é e poder “educar” o público sobre o estilo. Eu gosto de tocar coisas que as pessoas conhecem, breaks de tracks conhecidas, mas com um drop de underground, tornando aquilo algo único. Penso que temos que ser autênticos, independente do estilo. Mesmo que as produções sejam mais NuDisco, os sets ao vivo podem ser totalmente diferentes às vezes. Cada set conta uma nova história, eu amo poder me conectar com os diferentes públicos ao redor do mundo por onde toco.
Kaballah foi muito especial pra mim. Eu não sabia o que esperar, mas a vibe foi incrível. Foi a melhor gig no Brasil até agora, e posso dizer a melhor gig que já toquei. As pessoas estavam curtindo muito e eu podia sentir isso. Eu ainda fiquei mais de meia hora depois do set tirando foto com meus fãs brasileiros que nem sabia que tinha. As labels que fazem como a “Só Track Boa” são muito importantes para o desenvolvimento da cena underground, trazendo a música para um novo patamar. Eu posso dizer que todas as vezes que toco aqui eu sinto uma vibe especial e muito carinho do público brasileiro, como em alguns clubs (Privilege, Green Valley, entre outros).
Eu sinto que o Brasil é muito importante pra música eletrônica, existem muitas pessoas engajadas nisso, muitos DJs bons, humildes e de qualidade. A cena é grande e está espalhando para o resto do mundo. Vintage Culture, Jean Bacarezza, Nytron & Sugar Hill já ganharam bastante atenção internacional com suas tracks de sucesso nas nossas gravadoras “Enormous Tunes” e “No Defintion”. Os talentos brasileiros são algo único, e que não se encontra em outros países. Esse gênero cresce no mundo, e o Brasil tem um papel muito importante nesse movimento. Eu também estou apoiando um projeto, de uma gravadora/label nova que chama “Muzica”, que vem buscar no Brasil novos talentos e ajudar DJs menores a desenvolver suas carreiras; além de ser uma ótima oportunidade para os produtores me enviarem seus demos.
Nós 3 somos da Suíça, e trabalhamos juntos há vários anos, acreditando nos nossos sons para fazer algo diferente e novo. Tudo que está sendo lançado por eles está dando certo, então essa junção acontece num momento especial. “Helvetic Nerds”, a label da qual fazemos parte, já tem 5 anos, e agora está indo super bem. Nós acreditamos que não pode ser tudo sobre a música, e sim sobre o que você sente e o que você transmite para as pessoas. Essa vai ser a primeira vez que iremos fazer algo juntos e esse bus tour vai ser muito interessante.
Eu fiquei muito feliz de poder estar aqui no Brasil, e poder conhecer pessoas que eu estava escutando/seguindo há algum tempo, como Vintage Culture e Illusionize. E eu quero muito poder trabalhar com eles no futuro. Mas o que eu posso revelar pros meus fãs é o lançamento de um novo single, “The D Machine”, ainda esse mês, além de um remix package que tem muitas influências brasileiras.
Pra você que ainda não conhece ele, seguem aqui suas redes sociais! Vale a pena conferir!