Depois de sua impressionante performance no palco principal Tomorrowland em 2007, Yves V, ou Yves Van Geertsom, tornou-se um dos mais populares DJs e produtores de todo o mundo. Yves atuou também em outros grandes festivais, como o TomorrowWorld, Sensation, e Mysteryland, além do fato de ter sido DJ convidado em clubes bem conhecidos, como Guaba, Pacha, Anzuclub, Nikki Beach, e muitos outros na Indonésia, Malásia, Brasil, Chipre, Espanha, França, Finlândia, Itália, Grécia, e seu país natal, Bélgica.
Nesse último sábado (12/12), o DJ e produtor esteve na Anzuclub, em Itu/SP, e conversou com a Play EDM nos bastidores. Confira abaixo com exclusividade a entrevista na íntegra!
Eu comecei a tocar no Tomorrowland na 2ª edição na Bélgica, então já fazem 9 anos. Quando eu comecei, era bem pequeno e ninguém conhecia. Eu cheguei a tocar para públicos que tinham apenas algumas centenas de pessoas, e agora eu toco pra mais de 30 mil pessoas no Mainstage. Além disso, também participo das edições dos EUA e daqui do Brasil. Tudo isso é muito louco. Essa viagem que eu fiz junto com o Tomorrowland é quase inacreditável. Agora, o mundo todo conhece o festival.
De fato nos últimos 2 anos eu tenho tocado aqui com certa frequência; especialmente aqui na Anzuclub, onde estou tocando pela 5ª vez. O Brasil é o meu pais favorito no mundo. Não só para tocar; o público tem muita energia e realmente gosta da música e de festejar. Vocês aqui também sabem muito bem como organizar uma festa, com ótima produção, som, e serviço VIP. Mas eu também gosto das pessoas, do país como um todo, da comida… Eu amo Açaí. Adoro UFC. Eu gosto da cultura e de tudo que envolve o Brasil. Fico sempre feliz em voltar aqui.
A cena eletrônica é muito grande por aqui hoje em dia, e muitos DJs e produtores nacionais estão crescendo. Eu me lembro a primeira vez que vim pro Brasil, quando não haviam muitos grandes nomes… Mas agora tem tanta gente grande, como Ftampa, Repow, Jakko, Vintage Culture, Alok…
Eu já tenho esse palco desde 2013, mas nessa época ele era bem pequeno. Mas como foi um grande sucesso, nós o levamos para uma área maior, dentro de uma tenda. Foi um sonho se tornando realidade. Eu nunca pensei que eu poderia ter meu próprio palco no Tomorrowland. E provavelmente, em 2016, na edição do Brasil, eu também terei um palco meu. Nada certo ainda, mas espero que sim.
Isso é muito importante. É claro que, quando alguém toca a sua música, ainda mais os grandes DJs, é como um sonho se tornando realidade também. Para mim, a coisa mais importante é que a multidão goste. Por exemplo, quando eu estou fora da Bélgica e piso num bar local onde DJs locais estão tocando, é ainda mais legal. Por que os grandes DJs eu já conheço, então acho muito legal escutar minhas musicas em lugares inesperados.
Isso é difícil de dizer. Eu acho que não é tão importante. Por exemplo, em países da Ásia, os clubs e festivais levam muito em consideração esse ranking pra bookar e pagar caches. Mas tirando isso, só passa de um concurso de popularidade. É claro que eu fiquei feliz com essa posição, e me sinto abençoado pelas pessoas terem votado em mim e de ter ido tão bem. Mas é difícil dizer que existe somente um DJ que é o melhor de todos, pois existem tantos bons.
Existem muitas tracks novas pra sair. Eu acabei de terminar uma collab com Skytech & Fafaq, que se chama Indigo, e outra nova com Quintino chamada Unbroken, que sera lançada na próxima semana. E no começo de fevereiro, tenho uma nova collab com Swanky Tunes; essa é a primeira vez que conto isso pra alguém.
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Roteiro e entrevista: Willian GiorgianoTradução e transcrição: Victor Flosi