Faltando poucos dias para a 25ª edição da MBR São Paulo, donos do evento revelam detalhes desta festa tão misteriosa
- Via Assessoria de Imprensa -
A vigésima quinta edição da MBR São Paulo está cada dia mais próxima. No primeiro sábado de fevereiro (3), a festa chega com um incrível lineup para uma linda noite na cidade de São Paulo. Nhii, L_cio, Lemonella, Holger Hecler, impropper e Burstin estão prontos para comandar as pistas de dança, mas o local do evento será divulgado apenas momentos antes do início da festa.
Para entender melhor como esse rolê foi idealizado no começo, batemos um papo com um dos donos do evento, confira:
1.Qual foi a inspiração por trás da criação da MBR São Paulo e como você a vê evoluindo ao longo de suas 25 edições?
A inspiração da MBR veio através da música que influenciou os fundadores, nascendo pela vontade de querer aportar na night de São Paulo um som que não existia na época. Nossa turma, tanto brasileira quanto internacional, é formada por um grupo de paulistanos e cariocas, norte-americanos e equatorianos, paraguaios e franceses… E foi altamente influenciada pelos sons que escutavam em Berlin (Alemanha) e Black Rock City (Estados Unidos), diversos elementos que simplesmente não se encontravam em Sampa naquela época. Ao longo dos últimos 10 anos e 25 edições buscamos sempre trazer a vanguarda mas tentamos nos mantermos fiéis a este lugares que tem nos impactado e continuam a nos inspirar.
2. O que diferencia a MBR São Paulo de outras festas na cena noturna da cidade, especialmente considerando seu caráter exclusivo e misterioso?
O primeiro MBR começou como uma festa de aniversário de dois dos nossos co-fundadores, acredita? Chamamos o todo mundo que conhecíamos, convidamos nosso amigo Eduardo Castillo para tocar e o que imaginamos ser uma festinha num bar virou uma festa de 500 pessoas que foi longe... O fato é: a MBR sempre manteve este vibe familiar. Virou uma certa comunidade, a galera vem não só para dançar mas para se ver também… Gente de Sorocaba, São José de Campos e Rio que viajam a São Paulo para fazer parte deste ambiente. Ficamos gratos (e rimos um pouco) ao ver a descrição "exclusivo e misterioso"... Misterioso com certeza! Mas exclusivo nunca, pelo menos não no sentido de virar uma festa cara e de playboy, nada nossa vibe.
3. Como você equilibra o aspecto exclusivo da MBR São Paulo com a necessidade de expandir seu alcance e manter sua relevância em uma cidade tão dinâmica quanto São Paulo?
No sentido que nossas festas nunca serão grandes, nunca muito mais que 1.000 ou 1.200 pessoas e muitas vezes menores. Dá para entender que isso pode ser considerado um aspecto exclusivo. Às vezes os ingressos acabam rápido, às vezes muito rápido (o Boat Party de Carnaval no Rio esgotam em 10 minutos, por exemplo). Ficamos honrados que há tanto apelo para nossos eventos, mas deixamos claro sempre que nunca limitaremos certas pessoas, a venda é sempre aberta. Para nós, expandir nosso alcance será feito organicamente pela própria festa: na medida que possamos fazer você dançar, sorrir, beijar, se sentir livre... você aportará uma puta energia na nossa festa e você vai falar para seus amigos depois da MBR.
4. Quais são os maiores desafios logísticos e criativos ao organizar uma festa que mantém seu local em segredo até o último momento?
Realmente tem desafios que surgem por conta desta escolha nossa de não divulgar o local até o dia do evento. Entendemos que às vezes fica difícil para as pessoas se programarem, especialmente se o local for longe do esperado, se estiver chovendo... Contudo, o fato é: há 7 ou 8 anos a noite em São Paulo tem sido assim. A queda de relevância das principais baladas gerou uma certa situação desesperadora para alguns dos club owners, conhecemos amigos que fazem festa que publicaram com antecedência e lidaram com reclamações anônimas aos bombeiros, delegacia... Infelizmente isso é um fator.
5. Como você acredita que a MBR São Paulo contribui para a cultura noturna da cidade e qual é o impacto que você espera que ela tenha no público frequentador?
Acreditamos que MBR tem se tornado uma festa com caráter único. Tudo começa com os fundadores: nunca fizemos esta festa para ganhar dinheiro. Não vivemos da MBR. Cada pessoa tem a própria carreira e fazemos MBR por vontade e por amor, por querer trazer a música que realmente achamos fascinante e por querer fazer uma festa para nós e nossos amigos… Que logo chamaram amigos de amigos e formaram a grande família MBR. Assim, quando nós falamos para nossos amigos que vai rolar uma edição da MBR, é porque nós mesmos estamos inspirados e isso é um aporte de energia na festa que enxergamos como essencial e tão importante.
MBR é uma festa que reúne muitas tribos. Vem muita gente estrangeira que mora no Brasil há tempo; muita gente veterana da noite em São Paulo, que nasceu e cresceu indo para as principais pistas da cidade; muita gente entre 30 e 40 anos que ainda tem um caráter jovem e fresh... É isso que enxergamos e, pelo menos, isso que adoramos.
Imagem de capa: Divulgação.