Jakko é um jovem DJ e produtor de 18 anos do Rio de Janeiro. dono de um incrível talento. Suas melodias ganharam a atenção mundial, especialmente após sua bootleg do Coldplay A Sky Full of Stars, que se tornou viral e foi selecionada por Nicky Romerocomo “Fresh Track of The Week” em seu programa semanal, Protocol Radio Show.
Como um produtor extremamente “versátil”, Jakko trabalha principalmente em pistas Progressive House melódico; embora também experimente com muitos gêneros diferentes.
O brasileiro vem ganhando muita atenção no cenário global, recebendo o apoio de grandes nomes como Hardwell, Nicky Romero, Chuckie, Dzeko & Torres, Paris Blohm, Juicy M, FTAMPA, e muito mais. Com essa idade, Jakko já assinou com grandes gravadoras como Ultra Music, Atlantic Records/Big Beate Big & Dirty.
A Play EDM conversou com este prodígio, minutos antes dele subir ao palco Revelead Stage. Confira! ;)
Eu tinha muita vontade, mas não esperava. Fiquei feliz quando soube que havia vencido. O processo de produção foi bem simples, eu comecei o remix faltando uma semana para acabar o prazo, e foi algo que me veio a ideia, eu comecei, e em três dias já tinha terminado. Então foi algo até que mais simples do que outras tracks que eu já fiz.
Foi bem legal, o Nicky Romero já vem tocando minhas músicas desde o ano passado, então sempre que isso acontece eu fico muito feliz, pois é uma forma do meu trabalho ser ouvido por milhares de pessoas do mundo inteiro, visto que ele é um grande DJ e produtor, e o seu Radio Show é ouvido por milhões de fãs.
O Lollapalooza foi simplesmente um dos melhores festivais que eu já toquei. Eu acho que desde a produção do evento até o público foi algo que eu simplesmente não esperava. Mesmo hoje, tocando aqui no TomorrowWorld, eu paro e penso “O Lollapalooza foi um dos melhores festivais que eu já toquei”, então eu fico muito feliz; e ter sido ao lado do E-Cologyk que é um cara que eu admiro muito e é um dos meus melhores amigos na cena, foi com certeza incrível!
Eu recebo muitas mensagem falando “Você é uma inspiração pra mim, eu quero muito ser como você”, e eu acho que isso não é bem uma pressão, mas eu sinto que tenho que fazer algo legal, entende? Não posso perder essa afeição do público, então eu tenho que estar sempre evoluindo, aprendendo coisas novas pros fãs não perderem essa admiração e esse carinho que têm por mim, e pela imagem de ser jovem e de inspirar pessoas a começar a tocar e produzir. Eu acho que não atrapalha, até motiva mais a continuar sendo uma das pessoas na cena que tão lá pra fazer a diferença, fazer algo legal tipo produzir música, tocar em outros países, e ser um ícone para as pessoas do mesmo meio. Acho que isso só aumenta a vontade de ser.
É incrível poder representar o Brasil, seja aqui nos Estados Unidos, ou no México, onde já me apresentei. Claro que eu ainda sonho em tocar no mundo inteiro, assim como o FTAMPA que já passou pela Ásia, Europa e também Estados Unidos. É muito bom e importante fazer isso, mostrar pro mundo que o Brasil além de ter um excelente público para a música eletrônica, também possui DJs e produtores no mesmo nível que todos os outros continentes. É ótimo saber que o meu país tem pessoas desse nível, que podem representá-lo em qualquer lugar. E participar disso é algo indescritível.
É muito importante isso, já estava na hora de acontecer, visto que o público brasileiro tem pedido cada vez mais festivais de qualidade e sons diferentes. O EDC está trazendo muitos artistas de dubstep e trap, que aqui nos Estados Unidos já é algo gigante. Hoje, apesar do Brasil ter um grande público pra música eletrônica, ainda não é um país de muita diversidade de estilos, então é muito interessante e promissor oferecer novos sons e artistas para os brasileiros ouvirem. Eu realmente espero que cresça cada vez mais este cenário.
Eu já falei disso várias vezes, no “On the Beach Festival”, que aconteceu no Guarujá; eu toquei antes do E-Cologyk, que se apresentou antes do Dimitri Vegas & Like Mike, e aquele dia foi algo muito surreal, porque eu cheguei pra tocar, e o Vintage Culture estava comandando, mas eu sei que no momento que eu entrei e apertei o botão da música, o público começou a levantar a mão e foi uma experiência incrível. Eu não esperava que fosse ser assim, porque eu não sabia o que eles queriam, imaginei que eles tinham ido lá só pra ver o Dimitri Vegas & Like Mike, mas quando eu entrei todo mundo já começou a gritar e tal… Então foi algo muito interessante, eu fiquei muito feliz. Este com certeza seria um momento que eu gostaria de reviver.
Bom, continuar lançando música, cada vez procurando melhorar a qualidade e buscar parcerias com produtores e artistas dentro e fora do Brasil. Tenho projetos além de música eletrônica, eu gosto de produzir tudo relacionado à música, desde pra trailers e filmes, até músicas pra bandas. Bom, no futuro que eu possa contar, tem um lançamento agora com um amigo da Colômbia, será algo bem interessante, acho que as pessoas vão achar diferente do que tudo que já aconteceu… E vai ter “Bocalinda” com o Diego Moura, que será lançada por uma gravadora da Suécia, do Mikael Weermets, um produtor sensacional que já lançou música de vários artistas grandes e abriu a gravadora agora. Esse vai ser um dos primeiros lançamentos que deve sair no próximo mês. Eu acho que é isso, o resto, vai vindo aí. Eu agradeço a todos que tem dado suporte ao meu trabalho e que têm mandado mensagens, comentado e curtido, eu fico muito feliz e isso me motiva a continuar fazendo o que eu faço.
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Entrevista: Victor FlosiTexto: Rodolfo Reis e Felipe CapelEdição: Felipe Loureiro