Gustavo Tugendhat, nome por trás do recém-criado projeto Tugen, é um das mais novas figuras talentosas da cena eletrônica brasileira atual. O paulista, que vive e respira a música desde a infância, tem uma enorme facilidade em criar tracks de diferentes vertentes apenas pelo feeling do momento.
Além de produzir, ele também é compositor e DJ, sempre demonstrando uma pluralidade criativa única em suas apresentações.
Somando 4 músicas autorais já lançadas (muitas outras no forno) e uma identidade musical altamente versátil, convidamos Tugen para um bate papo exclusivo sobre carreira, produção musical, inspirações e influências na sua música. Confira abaixo:
Qual foi a inspiração para criar o projeto Tugen e qual experiência de infância influenciou sua carreira na música?
A maior inspiração para a criação do projeto Tugen foram as influências que sempre tive ao longo da vida. Eu tocava bateria quando era mais novo e ouvia muita música em casa. Por volta dos meus 13 anos de idade, comecei a escutar bastante música eletrônica e me interessar pelo assunto. Cheguei a fazer duas faculdades, porém com mais ou menos 20 anos de idade parei as duas para ingressar na carreira de Dj e produtor. Eu fazia uns beats no celular, mas uma hora resolvi aprender de forma profissional. Apesar das inseguranças e de não saber se deveria de fato arriscar, entrei de cabeça no mundo da música e aqui estou até hoje.
Como a sua pluralidade criativa está presente em suas produções e sets?
Sempre ouvi diversos estilos musicais, desde música clássica e samba até a eletrônica mais pesada (risos). Por isso em minhas produções procuro fazer o que me inspira no momento, não me prendendo a nenhum estilo específico. Além de produzir, me aventurei na composição de 3 faixas, e na “Waiting For The Sun”, meu último lançamento, além de compor também cantei.
Quais foram os primeiros lançamentos de Tugen após alguns meses de imersão no estúdio?
Meu primeiro lançamento foi “Playing With Fire” em 2022. A música tem uma pegada entre House e Tech House. Porém nesse ano de 2023 lancei 3 músicas com um estilo um pouco mais melódico e dançante, sendo duas collabs, uma com o duo Blackout e a outra com o Dj e produtor Davini. A partir de agora vou trazer uma identidade mais definida pro projeto, com um mood mais enérgico e com bastante melodia.
Em suas colaborações musicais, você trabalha com artistas de diferentes vertentes? Como isso afeta o processo criativo?
Sim, fazer colaborações com outros artistas é sempre uma experiência de muita troca e aprendizado. Me abre a mente para ideias novas, e unir forças para um lançamento é sempre muito bom.
Qual é o estilo musical predominante em produções e como você descreveria sua abordagem em relação à música?
Diria que não tenho um estilo específico em minhas produções. Procuro passar para a música aquilo que estou sentindo na hora. Busco quase sempre usar elementos em comum em todas as faixas para criar uma identidade, porém com uma certa liberdade para definir o estilo. Giro em torno do House, Progressive e Melodic House.
Para finalizar, o que você almeja para o futuro de seu projeto?
A meta agora é tocar com mais frequência, focar em sons mais comerciais para lançar por gravadoras maiores e atingir um público mais amplo também. Fiquem ligados que o melhor está por vir!
Imagem de capa: Divulgação.