A frente de importantes projetos independentes como Warung Recordings, Radiola e Sonido Profundo, conversamos com Albuquerque sobre o impacto dessas iniciativas na música eletrônica
- Via Assessoria de Imprensa -
Um dos veteranos mais engajados em atividade, o DJ e produtor Albuquerque contabiliza mais de 10 anos de atuação na música eletrônica e coleciona significativas conquistas musicais. Para além de seu projeto autoral como artista, Albuquerque é a mente por trás de iniciativas importantes, como Warung Recordings, Radiola Records e Sonido Profundo, que serviram de espaço para produtores criativos e talentos emergentes de todo o mundo.
Albuquerque ainda foi responsável por difundir a missão do Warung Beach Club ao redor do mundo. Artista residente do tradicional club catarinense desde 2013, Albuquerque tornou-se CEO e co-fundador do selo fonográfico do Warung, demonstrando sua sensibilidade e seu diferencial ímpar na curadoria musical. Albuquerque estendeu o legado do Templo que influenciou gerações de talentos, além de contribuir para warm-ups e dividir palco com nomes notáveis como Soul Clap, Damian Lazarus, Bicep, Seth Troxler, Ben Klock, Bedouin e The Martinez Brothers, para citar alguns.
Versátil e multifacetado, em seu projeto autoral Albuquerque ainda conta com lançamentos por gravadoras conceituadas, como The Soundgarden, Do Not Sit On The Furniture, Sprout Music, Deepalma, Hoomidas, Get Physical, Akbal Music, Hoomidaas, Melody Of The Soul, Natura Viva e 3rd Avenue. A seguir, conversamos com o artista sobre a importância de organizar movimentos para valorizar a música eletrônica nacional, bem como as influências da região Sul refletidas na sonoridade do país.
Sabemos que você tem diversos projetos relevantes além de seu trabalho como produtor musical. Como você procura causar um impacto positivo na cena eletrônica?
Sim, são muitas frentes diferentes, mas todas dentro da música eletrônica conceito. Eu procuro sempre fazer o que acredito e trazer mais pessoas para esse espectro da música, que na minha concepção é o ''high end'' do som. É um caminho longo e difícil, mas é o que me completa como artista.
Como você enxerga que a sonoridade Sul do país influencia a cena como um todo? Onde estão os artistas que são referência para você?
Acredito que o Sul do país sempre teve uma força muito grande dentro da cena da música eletrônica. Clubs como o Warung, Ibiza, Kiwi, Vibe e Green Valley influenciaram gerações. Quando comecei a ouvir música eletrônica eu era obrigado muitas vezes a ir para Santa Catarina atrás dos sets dos DJs que eu tinha curiosidade. Os melhores do mundo sempre estiveram lá e a conexão com o público sempre foi diferenciada.
Pode nos contar de momentos especiais que a Radiola, Sonido Profundo e Warung Recordings trouxeram para a cena musical?
A Radiola por 10 anos foi um hub enorme de artistas, a casa era o QG do selo chegou a ter 14 estúdios funcionando simultaneamente com 22 artistas. Os eventos desses três selos trouxeram talentos nacionais e internacionais de relevância, entre eles Honey Dijon Phil Weeks, Danny Howells, Marco Resmann, Joyce Muniz, Dimitri Nakov, Mark Fanciulli, Anhanguera, Mau Mau, Renato Cohen. Sem contar os lançamentos fonográficos que fizemos: mais de 120 EPs, contando os três selos. Espero poder lançar muito mais e somar a cena nos próximos anos!
Qual você considera que é a verdadeira importância de iniciativas independentes no mercado musical como essas idealizadas por você?
Mostrar ao público que existe muito mais na cultura clubber. Entender linhas de som, identificar um genero, estilos de música, ou até mesmo saber ler de fato um line up são coisas que importam muito na minha opinião. Saber como se comportar em uma festa, respeitar as pessoas em volta, saber durar com saúde num evento. Tudo isso faz parte dessa conscientização da música eletrônica. Eu frequento festas de selos independentes no mundo todo e posso dizer com tranquilidade que essa é a essência da e-music.
Sabemos que sua influência tem se estendido para âmbito internacional. Como você enxerga a perspectiva de futuro para o projeto Albuquerque?
A música eletrônica é um ritmo internacional, as pessoas apreciam nossas faixas em lugares que, às vezes, nem podemos imaginar. Tenho sentido que minhas obras têm sido ouvidas mundo afora e quero aumentar isso, expandir. Poder levar meu som e minha energia para outros lugares sempre me fascinou. Meu objetivo é ser um artista mais completo a cada dia pra que eu possa sempre trazer elementos interessantes pro público e pra mim.
Que proposta você busca explorar com as suas produções próprias? Como você transporta isso para a pista de dança?
As faixas que faço tem sempre o groove como elemento essencial. Algumas mais Deep, que tocam a alma e outras mais Tech ou Prog que fazem o corpo mexer. Cada faixa tem uma história e representa aquele momento vivido. Acredito que com o tempo também evoluí tecnicamente e isso abre novas possibilidades para as próximas etapas. Mais do que classificar essas músicas em pesadas ou leves, eu gosto de vê-las como obras que são adequadas para certas ocasiões. Como eu gosto de dizer, "cada cenário pede uma música, o club e a praia têm gostos diferentes, portanto cada um merece um tipo de música".
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Imagem de capa: Divulgação.