‘Para crescer como artista é importante explorar sonoridades e conhecer mais sobre música’, declara Bone Brotherz
- Via Assessoria de Imprensa -
Com cinco lançamentos em 2023, a dupla Bone Brotherz vem trabalhando seu nome na cena eletrônica nacional. Para conciliar a vida de médico e cirurgião com a de DJ e produtor, Rodrigo Sabongi e Vitor Pereira focaram em estudar sobre música eletrônica e desvendar sonoridades até encontrarem suas identidades e características como artistas.
Em meio a uma conversa sobre a visão da dupla sobre o mercado, eles declaram: "Para crescer como artista mesmo, é importante explorar as sonoridades, entendendo e conhecendo mais sobre música. Então, esse ano foi basicamente focar na produção, nos empolgamos nisso… até porque é difícil conciliar a rotina maluca de médico e datas de show… nossa gama de tempo é bem limitada”.
Formando sua base no cenário nacional, os artistas aumentaram seu nível de produção, absorvendo todo o feedback do público, tanto nas plataformas digitais quanto na leitura da pista de dança em suas seletas apresentações. Hoje, com uma observação apurada do que vem acontecendo neste mercado, a dupla dá algumas dicas sobre artistas e tracks, bem como suas apostas para sonoridades. Confira:
3 sonoridades que estarão com tudo em 2024
A principal sonoridade que destacamos neste ano é o afro house, que está numa crescente fantástica. Fora do Brasil, ela é encabeçada por fenômenos como Black Coffee e Keinemusik, enquanto aqui no país temos grandes representantes, como Maz, Antdot e Curol. Nós, como Bone Brotherz, também estamos apostando nessa sonoridade com a qual nos encontramos na produção musical. É um som que curtimos e temos facilidade em produzir, focando num house melódico, e no nosso caso, com pitadas brasileiras.
Então, o afro house e essa linha de som vai ganhar cada vez mais espaço na cena, tanto nas plataformas digitais quanto nos principais eventos e festivais do mundo. Um exemplo disso é o Keinemusik no palco principal do Tomorrowland, além de ser host de um dos palcos. As músicas deles são únicas, muito peculiares, e têm um emocional muito forte, por isso conquistam muitas pessoas e abrangem um grande público, não somente desta vertente. A verdade é que eles são um movimento de vários artistas em conjunto… o que é um diferencial.
A segunda sonoridade que já vem fazendo a cabeça de muitos e deve seguir em plena ascensão é o techno melódico. Sem dúvidas, é um dos sons que mais se destacaram nos últimos meses, o que vai continuar acontecendo, vide o espaço que a label Afterlife vem ganhando pelo mundo, que por meio de um som melódico mas ao mesmo tempo intenso, o selo e os artistas dentro dele encabeçam a vertente e conquistam o público em geral.
Mas um brasileiro que tem explorado muito isso é o Vintage Culture. Claro, ele tem passeado por inúmeras linhas de som ao longo da sua carreira, mas cada vez mais esse melódico tem ganhado uma identidade única nas mãos dele, virando uma assinatura. E aqui abrimos um parênteses para dizer que ele é nossa grande inspiração, consideramos-o um dos melhores produtores da atualidade.
Então o Vintage sempre foi um guia porque é exatamente o tipo de som que eu gosto pra caramba, os sons deles são fantásticos, eu acho que a seleção musical, a curadoria musical que ele faz é incrível também, não só na produção quanto na seleção, então é, sem dúvida, a maior inspiração em termos de gerais e de carreira, um cara que a gente se guia muito pra poder pensar, não só em produção, tipo de música que a gente gosta de ouvir, de tocar e de fazer, mas também como carreira, como crescimento do nosso duo.
E, em terceiro, essa linha de som não é muito nossa praia, mas reconhecemos que é um movimento forte. Estamos falando dessa mistura de sonoridade brasileira com o techno e o tech house. O Mochakk vem puxando muito isso, até mesmo misturando a música eletrônica com música brasileira, como o funk, por exemplo. É uma vibe bem cheia de energia, super animada. O KVSH também faz isso, num tipo diferente de show.
Na maioria das vezes, essa linha de som acaba misturando o melódico, o afro e até mesmo o tech house. Não é muito nossa vibe, mas com certeza é um movimento super forte e com grandes representantes no Brasil.
Overview do mercado
Enxergamos o cenário atual como uma janela gigante de oportunidades. O que a gente está vendo agora é cada vez mais os artistas brasileiros em âmbito internacional. O valor tem que ser dado e o reconhecimento tem que ser feito ao Alok, que abriu um caminho monstro para o Brasil na gringa, como o pessoal fala. Na sequência, o Vintage, que veio junto, escancarou as portas. Hoje em dia, a gente tem muitos artistas brasileiros de qualidade crescendo em várias vertentes. E não só aqui como no mundo. A tendência é a música eletrônica crescer cada vez mais, e se popularizar. Neste sentido, claro, David Guetta, Tiësto e os grandes nomes… temos que dar os créditos não só pelo o que eles fizeram, mas pela habilidade na produção musical, pela capacidade que eles tiveram de fazer a música eletrônica crescer de uma forma gigante, romper barreiras e preconceitos.
Então, entendemos que o mercado atual é extremamente positivo, embora também esteja cheio de gente, um pouco saturado, podemos dizer. Como tudo que cresce muito, acaba chamando a atenção de muita gente. E para ter sucesso, não vai ser fácil, mas, com certeza, vai ter muito mais oportunidade, muito mais gente escutando esse tipo de som.
Inspirações e indicações
Como já dissemos anteriormente, estamos nos inspirando muito no afro house e no house melódico. Então vamos falar de nomes que nos influenciam e que também indicamos para o público conhecer.
Se formos citar artistas internacionais, Keinemusik e todos os integrantes individualmente nos influenciam. O &Me, Rampa, e principalmente, o Adam Port têm guiado bastante o nosso caminho. Mas temos que falar também de Nico de Andrea, um cara muito bom na produção melódica, e Emanuele Esposito na mesma frequência, além do Night Freak que tem crescido muito com as músicas novas.
Quanto ao Brasil, temos grandes referências de produção musical, como Vintage Culture, Maz e Antdot; e de carisma e presença de palco, como Liu, Bruno Be e KVSH.
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Imagem de capa: Divulgação.