Kommodo: “3 clubes de BH que fizeram parte da minha base e evolução musical"
A capital Belo Horizonte tem ganhado cada vez mais destaque no cenário da música eletrônica nacional. Com uma abordagem por vezes disruptiva e arrojada, coletivos e festas têm trazido um refresh na mentalidade do clubbers, o que reverbera, gradativamente, em território nacional. Aliás, são estes clubbers que passaram a assumir as rédeas e fazer o rolê acontecer. Kommodo é um artista belo-horizontino com mais de dez anos de uma carreira voltada à discotecagem e produção musical. Foi através da convivência com a vida noturna que ele encontrou seu propósito.
Com passagens em pistas como como o Solyanka, em Moscou, o Morlox, em Berlim, e Green Valley e Universo Paralello, no Brasil, ele tem construído um nome de respeito entre os artista de Melodic Techno e Progressive House, assinando com selos como Traum, Warung Recordings, Steyoyoke, Somatic e Iconyc. Hoje, convidamos ele para nos contar quais foram os rolês na capital mineirabelo que impactaram no seu desenvolvimento enquanto clubber e artista.
Deputamadre Club
Posso dizer com toda certeza que foi o que mais me influenciou como frequentador assíduo de música eletrônica. Toda semana eu estava lá. Em Belo Horizonte, foi o lugar que mais trouxe artistas de relevância sem se preocupar com o que estava em alta no momento. Responsável por apresentar e educar os clubbers. Lá eu pude presenciar apresentações de artistas como Ellen Allien, DJ T., Marc Romboy, Lee Foss, Richie Hawtin, Eli Iwasa, Anderson Noise, entre muitos outros que agora não me lembro. Também foi o palco da minha festa, Vortex, onde a gente levou o duo Binaryh pela primeira vez para a capital mineira. Guardo boas lembranças desse lugar.
Velvet Club
Um extinto clube em Belo Horizonte localizado na Savassi onde pude me apresentar algumas vezes. Sempre repleto de amigos. Foi um dos primeiros lugares a me receber como artista que não fosse em uma festa produzida por mim. Local onde fiz a minha despedida antes de me mudar para Moscou e também quando retornei foi onde fiz a minha primeira apresentação.
Emme Lounge
Outro extinto clube em Belo Horizonte, também localizado na Savassi, posso dizer que esse clube foi uma escola tanto como artista quanto como produtor de eventos. Tínhamos uma residência semanal às quintas, quando rolava a minha festa Loops, e depois passamos para o sábado de manhã, nos qual fazíamos a festa Day After, que, como o nome diz, foi um after semanal que rolou por mais de 3 anos. Aqui eu aprendi a tocar com cdj 200, na marra, sem retorno, com botão de play estragado, era tudo feito na raça. Neste lugar dei muita risada e fiz muitos amigos. Me lembro de um after memorável que os caras do Adana Twins foram parar lá depois da gig deles no Deputamadre. Deixou saudades.
Imagem de capa: divulgação
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