Talvez você já tenha ouvido falar da expressão “ghost producer” (ou produtor fantasma) na indústria fonográfica, mas não saiba muito sobre tal universo e exatamente como ele funciona. Bastante requisitado na cena eletrônica - até mais do que as pessoas imaginam -, o ghost producer geralmente é um produtor musical que compõe e produz faixas para outros artistas, mas não detém os créditos das mesmas, vendendo-as.
Às vezes contratados para somente criar um “beat” ou uma base de determinado projeto, os ghost producers tornaram-se peças fundamentais para aqueles que não sabem nem operar softwares de produção ou não têm tempo de ir a um estúdio produzir devido a uma rotina agitada de turnês.
Eles não aparecerem nos créditos oficiais das músicas, por justamente serem profissionais “fantasmas”, que apenas entregam trabalhos de forma secreta, acordando valores com artistas interessados e vendendo seus materiais.
Mas pode ocorrer sim de um ou outro “ghost” acabar aparecendo na mídia, como foi o caso do produtor holandês Maarten Worwerk, responsável por vários hits que provavelmente você deve conhecer, como a música “Epic” dos DJs Sandro Silva e Quintino. Maarten também já trabalhou com Lady Gaga, Pitbull, Major Lazer, Tiësto, entre outros gigantes da indústria.
Sabemos que ser artista exige muito mais do que apenas produzir sua própria música, sem contar o convívio familiar, relacionamento conjugal, problemas pessoais, compromissos profissionais, adaptação com o local de trabalho, falta de conhecimento, enfim... diversas situações que podem acabar com a criatividade de um produtor musical e tomar grande parte de seu tempo. Por essas e outras que fica claro o crescimento que o mercado dos "ghost producers" têm alcançado cada vez mais nos últimos tempos.
Fonte: Eplayad.
Imagem de capa: reprodução site Eplayad
Sobre o autor
Douglas Anizio
Redator da Play BPM, Freelancer e graduado em Administração. Um eterno apaixonado por Música Eletrônica.