O Play BPM separou para você sete países que moldam a indústria da música eletrônica no planeta, de acordo com os locais de origem dos principais festivais, além da nacionalidade de grandes artistas exportados destes países.
Holanda
Considerado o verdadeiro centro da música eletrônica mundial, a quantidade de DJs e produtores que são advindos dos Países Baixos é surpreendente. Desde os comerciais até os undergrounds, grande parte da cena está marcada pela presença dos holandeses. Tiesto, Armin van Buuren, Hardwell, Martin Garrix, Joris Voorn, Nicky Romero, Don Diablo, W&W, Afrojack, Sunnery James & Ryan Marciano, para citar alguns.
Além disso, o país tem uma concentração de gravadoras impressionante. Só para dizer, as duas maiores da cena são de lá. Spinnin’ Records e Armada representam muito dos lançamentos no mundo, juntamente com Revealed de Hardwell e Protocol de Nicky Romero, e agora com a STMPD de Garrix, o país realmente domina.
Além disso, a Holanda é casa do grande festival de Techno Awakenings e sua capital, Amsterdã, é anfitriã da maior conferência de música eletrônica do mundo, o Amsterdam Dance Event, conhecido como ADE.
Inglaterra
Berço da cultura Rave e Clubber, a Inglaterra presenciou nos anos 80 e 90 diversas festas ilegais, onde o movimento de contracultura se expressava com alto consumo de drogas ilícitas. País natal de grandes nomes da cena como Carl Cox e Fatboy Slim, que tem um peso enorme na história da construção da nossa cena.
Carl Cox foi um dos pioneiros da cena eletrônica inglesa e ganhou a residência no famoso e extinto Space Ibiza, onde construiu sua fama. Já Fatboy Slim é uma lenda viva da música eletrônica mundial e representa muito bem seu país. Seu show memorável na praia de Brighton reuniu na rua milhares de pessoas, provando que a contracultura tinha virado a cultura do país.
Hoje em dia, diversos artistas são exportados de lá, como Camelphat, Solardo, Michael Bibi, além das forças das labels Defected, Axtone e Solid Grooves, para citar algumas.
Alemanha
Todo fã de música eletrônica sabe o peso que a Alemanha traz para cena eletrônica mundial. Berlim, a capital do país, tem uma cena underground muito florescente, com diversos clubes e escolas de DJs, somado ao público consumidor, que é grandíssimo. Lá na cidade também se encontram duas casas que são ícones da cena do Techno: Berghain e Watergate. A primeira envolve muito mistério, pela dificuldade de acesso criada pelos temidos “doorman”, que barram as pessoas sem critérios claros. A segunda acaba sendo a opção para os barrados, mas é sensacional.
O país é origem de grandes nomes da cena, como Paul Kalkbrenner, Pan-pot, Frankey Sandrino, Chris Liebing, Monolink, Stephan Bodzin, para citar alguns. Além disso, na cidade de Mannheim acontece o famoso festival de Techno Time Warp, que traz todo esse inprint alemão para suas produções.
Estados Unidos
Os Estados Unidos tem uma cena eletrônica super desenvolvida e bem puxada para o comercial. Nela vemos Steve Aoki, Marshmellow, The Chainsmokers, Kaskade, Diplo, Skrillex, para citar alguns. Já do lado underground, temos Honey Dijon, Frankie Knuckles, Erick Morillo e Dennis Ferrer.
O mercado de festivais é muito desenvolvido, e dominando grande parte dele há a Insomniac, que é responsável pelo Electric Daisy Carnival, tendo sua maior edição em Las Vegas todos os anos. Outros grandes festivais que acontecem por lá são o Electric Zoo Nova York e o Coachella, que não é totalmente eletrônica, mas sempre traz grande line-up todos os anos.
Não podemos falar dos EUA sem citar a Miami Music Week e o Ultra Music Festival, que também dão início a temporada de festivais no mundo, acontecendo em março. A cidade de Miami borbulha de eventos, pool parties, label parties e eventos da cena, sendo um dos destinos mais queridos pelos fãs. Claro que não é só Miami que tem uma cena com clubes como a LIV, Story e Space, mas também Nova York com a Marquee e Brooklyn Mirage, e claro, a pulsante Las Vegas, com os diversos clubes de alto nível como Omnia, Zouk, Hakkasan e XS, para citar alguns.
E claro, foi nos Estados Unidos que tivemos o nascimento do House, com as festas em galpões (warehouses), que aconteciam nos subúrbios de Detroit e Chicago. Por lá, a cena se desenvolveu muito e chegou aos ouvidos de todo o mundo.
Suécia
Nunca um país produziu tantos talentos de uma mesma cena. Dizem as más línguas que a água na Suécia é abençoada para DJs e produtores. Um dos grandes nomes da nossa história, Avicii, saiu de Stockholm e ganhou o mundo com seus hits. Outros donos de hits são os suecos Axwell, Sebastian Ingrosso e Steve Angello, que criaram o Swedish House Mafia, levando a música eletrônica a patamares nunca vistos. Seguindo-os, mas não menos importantes, Alesso, Galantis e Dimitri Vangelis & Wyman trazem o lado comercial. Já no underground temos dois pesos pesados suecos: Eric Prydz e Adam Beyer, que dispensam apresentações e são referências em suas linhas de som. Prydz ainda se destaca mais por produções audiovisuais absurdas.
Bélgica
A Bélgica ganhou bastante destaque na cena eletrônica nos últimos anos pelo sucesso absoluto do festival que acontece na pequena cidade de Boom, o Tomorrowland. Por lá, a população respira música eletrônica todos anos em julho, mostrando que o amor vai além do festival. Mas do lado underground, temos o Voltage Festival, que também é belga, e rola todo ano em Zwevegem, com uma programação que foca nos melhores DJs da cena Techno Underground da Europa.
O país também é natal dos grandes artistas Dimitri Vegas & Like Mike, que já foram coroados os melhores DJs do mundo pela DJ Mag UK. Além deles, no lado comercial, temos Lost Frequencies, Yves V e Romeo Blanco, queridinhos do Tomorrowland. Mas do lado underground, também temos boas representações, como a musa Charlotte de Witte e Amelie Lens.
Itália
A Itália nunca foi exportadora de tantos talentos da cena, não como recentemente. Claro que não podemos deixar de citar Marco Carola e Benny Benassi, mas hoje em dia, o volume aumentou e muito. Com a criação da label Afterlife, os artistas de Techno melódico italianos ganharam uma visibilidade muito grande em todo o mundo. O duo Tale of Us cresceu e começou a dar suporte aos artistas de seu país. Vemos hoje Mathame e Agents of Time como exemplos, mas com outros como Joseph Capriati, Enrico Sangiuliano, Giorgia Angiulli, Giolia & Assia, entre outros. Já puxando algo mais comercial, temos um representante de peso, o trio MEDUZA, que recentemente ganhou os corações dos fãs com diversos hits.
Além disso, a cidade de Turim é casa de um festival underground que vem ficando cada vez mais popular entre os fãs de Techno, o Futur Festival. Sempre no primeiro final de semana de Julho, todos os anos, o verão em Turim ganha um footprint technero. Outra label party que acontece em diversas cidades espalhadas pela Itália é a Elrow. O Tech-House espanhol ganhou os gostos dos fãs italianos.
Imagem de capa: reprodução Facebook.