Qual a relação da música com o sexo e por que quando misturados são tão bons?
Ah… o sexo (seguro e consciente)! Um dos maiores prazeres da vida do ser humano há quase 100 mil anos; que a ciência possa comprovar.
Porém, ele só foi ganhar uma data comemorativa em 2008, quando a marca de preservativos Olla promoveu uma campanha simples, divertida e objetiva para quebrar tabus e gerar conversas acerca do tema, propondo que o sexo merecia também uma data para se celebrar. Então, em alusão à posição sexual 69, surgiu o Dia do Sexo!
Mas, o que não sabemos é em que momento durante este período descobrimos que o ato sexual com uma boa trilha sonora faz toda a diferença, não é mesmo?
Em 2019, a Deezer, plataforma global de streaming, realizou uma pesquisa com dois mil brasileiros para saber o que é mais importante para nós na “Hora H”. Sem muitas surpresas, o resultado apontou que para 52% uma boa música é mais importante do que beber vinho (37%) ou vestir uma lingerie especial (37%). Além disso, 92,3% consideram que a música durante o sexo pode melhorar sua performance e 45% afirmaram que a melodia é um dos fatores principais. Ainda na ala dos amantes de um bom som, 63% das pessoas falaram que isso é ponto obrigatório para o ato. Para 40%, a relação dura mais com trilha sonora e 30% afirmaram que se sentem até mais excitados.
“Provando que sexo vai muito além do contato físico, o importante é a experiência completa” - Polyana, jornalista da Deezer.
Assim como a prática de exercícios físicos, comer alimentos com muitas calorias, ajudar o próximo e consumir certas drogas, a música está relacionada às nossas emoções e circuitos de recompensa, responsáveis pelos sentimentos de prazer e satisfação através da liberação de dopamina. O efeito de ouvir algo que você gosta muito enquanto faz sexo pode aumentar o prazer, principalmente se você interagir com a música, sincronizando-se com o ritmo ou com a dinâmica da transa.
Em nota ao portal Zero Hora, a musicoterapeuta Cláudia Braga explica que os efeitos da música em nosso cérebro e corpo tem total ligação com antigas experiências de cada pessoa, desde onde e o que você estava fazendo quando ouviu certa música, as lembranças que ela te desperta, a sensação que experimentou naquela hora:
“Os gêneros musicais são muitos, a proposta de cada compositor/produtor nos atinge de diferentes formas, porque a nossa reação está associada à história cultural individual e do grupo com que vivemos”, revelou a profissional. “Na hora do sexo, os gêneros musicais funcionam de diferentes maneiras em cada indivíduo, podendo uma mesma música ser considerada “quente”, quanto entediante,” finaliza.
Nós, amantes da música eletrônica, sabemos o quão prazeroso pode ser colocar o seu artista favorito. Se muitas vezes nos emocionamos apenas ouvindo e lembrando de momentos e sensações, imagina relacionando isso com o sexo? Com certeza, uma experiência transcendental!
Sobre o autor
Rodolfo Reis
Sou movido por e para a música eletrônica. Há 7 anos, idealizei trabalhar com esta paixão, o que me levou a fundar a Play BPM. 3 anos depois, me tornei sócio da E-Music Relations. Morei na Irlanda por 2 anos, onde aprendi a conviver e respeitar ainda mais outras culturas. Já tiquei 28 países do globo, mas ainda sonho em ser nômade. Apelidado carinhosamente pelos amigos de "Fritolfo": quando o beat começa a tocar, eu não consigo parar de dançar.