Sabe aquela coisa que você ama tanto que nem se recorda como era sua vida antes dela? Pois então, essa é a música eletrônica na minha vida e na de muitos que estão lendo este artigo. Inclusive, se não for abusar da sua boa vontade, peço que pare tudo o que estiver fazendo e coloque aquela track que tem um significado especial ou que você tanto ama. Colocou? Bom, então podemos continuar.
Você se lembra o que escutava antes de descobrir a música eletrônica? Eu, particulmente, não. Descobrir este gênero de música foi como se eu finalmente descobrisse quem realmente sou. Como se tivesse encontrado a casa perfeita para viver pelo resto de minha vida. E, de certa forma, eu realmente encontrei.
Hoje em dia, diversas vezes, me pego ouvindo algum produtor que gosto e pensando: “Como seria um mundo sem a música eletrônica?”. Eu, provavelmente, não teria apreço algum por nenhum tipo de música, assim como não tinha antigamente. Talvez eu fosse uma pessoa mais triste, carrancuda, e solitária. Bom, de uma coisa eu tenho certeza: eu teria muito menos amigos.
E por falar em amigos, quantos ela já não me proporcinou? Infinitos! Pessoas completamente diferentes de mim, algumas que nem falam a minha língua materna. Mas, basta a música começar a rolar para sermos literalmente iguais. Afinal, é esta a filosofia, não? Não importa se você é branco, negro, amarelo, magro, gordo, heterossexual, homossexual, ou se tem alguma deficiência física. Neste mundo, no nosso mundo, apenas a música eletrônica importa. E a Rúbia Voltolini, de 34 anos, sabe muito bem disso:
“Meu mundo passou a girar em torno do universo eletrônico a partir de 2004, desde então as amizades se multiplicam e os abraços ficam mais e mais apertados a cada festa! Já participei de eventos que foram desde uma pequena festa só com amigos convidados, até festivais internacionais como o Tomorrowland Bélgica. Mas a melhor experiência neste meio tempo foi no Universo Paralello; 10 dias apenas conectada com a natureza, música e amigos em uma praia paradisíaca. A maioria dos meus grandes e melhores amigos foi o mundo eletrônico que me deu!”
– declarou a catarinense.
Sobre o autor
Rodolfo Reis
Sou movido por e para a música eletrônica. Há 7 anos, idealizei trabalhar com esta paixão, o que me levou a fundar a Play BPM. 3 anos depois, me tornei sócio da E-Music Relations. Morei na Irlanda por 2 anos, onde aprendi a conviver e respeitar ainda mais outras culturas. Já tiquei 28 países do globo, mas ainda sonho em ser nômade. Apelidado carinhosamente pelos amigos de "Fritolfo": quando o beat começa a tocar, eu não consigo parar de dançar.